Especialistas já falam em uma nova onda da pandemia no Brasil e, no Rio Grande do Sul, o aumento nas internações hospitalares acende um alerta importante. Tradicionalmente, no fim do mês de maio, as doenças respiratórias, como asma, bronquite e bronquiolite, por exemplo, começam a inchar o sistema de saúde. Tudo isso, ainda com o coronavírus sendo o maior responsável pelas ocupações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), atualmente, 60,4% dos pacientes internados em UTIs são por Covid-19 e 4,6% são por suspeita da doença. Os demais 35,1% estão em tratamento intensivo por outras doenças. Percentual que pode aumentar nos próximos dias, com a previsão de mais frio.
Para se ter uma ideia, em maio de 2020, o Rio Grande do Sul contava com 1.723 leitos de UTI Adulto, espalhados em 294 hospitais. Hoje, são 3.417 leitos disponíveis em 300 hospitais do Estado. Naquele momento, quando a pandemia começava a caminhar para o primeiro pico, a taxa de ocupação era de 70,6% e, do total de leitos de UTI ocupados, apenas 100 era por Covid. O restante eram de pacientes com Síndromes Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras doenças.
A preocupação da SES também é com relação ao aumento das internações em UTIs, o que mostra que a pandemia não está controlada e tão pouco perto de começar a recuar. Nesta quinta-feira (27), a taxa de ocupação era de 86,5%, com 2.831 pacientes internados para 3.417 leitos disponíveis em 300 hospitais do Estado.
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Das sete macrorregiões do Estado, quatro já operam acima dos 90% nos leitos de UTI. A região Norte, no entanto, já não tem mais leitos livres, estando com 100,7% dos leitos ocupados. A metropolitana, onde está o Vale do Sinos, por exemplo, é com menor taxa, estando em 74,7%.
Ao fazer um olhar sobre o Vale do Sinos a situação é outra, mais preocupante. Por aqui, há leitos de UTI apenas pelo SUS. Nos hospitais particulares já há superlotação, com o sistema operando em 108,2%
Fonte: SES/RS