Cães da Susepe auxiliam na socialização de autistas em Gramado
O Canil da 7ª Delegacia Penitenciária Regional, localizado em Canela, está com uma parceria com a Apae Gramado, onde 19 pessoas são atendidas com cinoterapia
O Canil da 7ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) promovem, em parceria, um projeto de atendimento de 19 pessoas com autismo em Gramado, por meio do contato com cachorros. A técnica, denominada cinoterapia, contribui para o desenvolvimento de aspectos sociais, comportamentais e emocionais, além de habilidades cognitivas. O público-alvo da atividade são crianças, adolescentes e adultos atendidos pela entidade.
Acariciar os dois border collie, oferecer petiscos, construir obstáculos e arremessar bolinhas paras os cães buscarem são algumas das atividades realizadas pelos participantes. A interação com os animais trabalha diferentes aspectos como linguagem verbal (oral, escrita e leitura) e não verbal; raciocínio lógico-matemático; memória e atenção. Também estimula a autonomia, a autoestima e o autocontrole. Isso fortalece as relações interpessoais e a formação de vínculos afetivos dos pacientes.
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Gisele Silva, mãe de um dos participantes da atividade, Davi Batista, de 4 anos, avalia a importância do tratamento na vida do filho. “Participar da cinoterapia já tem trazido muitos benefícios para o nosso filho. A socialização e a comunicação dele têm melhorado muito. Ele sai da terapia feliz e isso faz toda diferença para o seu desenvolvimento”, frisa.
Mãe de Flávia Ellen Rodrigues dos Santos, de 5 anos, Maria Nayene Brás dos Santos, concorda com Gisele. “O sorriso toma conta dela quando vê os cachorros. Abraça e brinca com eles, essa convivência tem sido muito benéfica”, avalia.
O delegado da 7ª Penitenciária Regional, Fernando Demutti, ressalta que o projeto vai ao encontro das práticas de desenvolvimento social desempenhadas pela Susepe, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS). “O sistema prisional não é composto apenas de grades e muros, somos agentes de transformação social, visando contribuir com a comunidade”, frisa. Segundo ele, a atividade já apresenta resultados significativos.