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Notícias | Mundo Estados Unidos

Casa Branca retira credencial de jornalista da CNN após bate-boca com Trump

Presidente chamou profissional de 'inimigo do povo' e 'pessoa horrível'

Por AFP
Publicado em: 08.11.2018 às 13:45 Última atualização: 08.11.2018 às 13:49

Foto por: MANDEL NGAN / AFP
Descrição da foto: Jim Acosta durante coletiva de imprensa na Casa Branca
A Casa Branca anunciou, na quinta-feira (8), que retirou, "até novo aviso", a credencial do repórter Jim Acosta, da rede CNN, que horas antes teve uma tensa discussão com o presidente Donald Trump, durante uma entrevista coletiva.

Um Trump visivelmente irritado classificou o jornalista Jim Acosta de "inimigo do povo" e "pessoa horrível", depois que o correspondente da CNN na Casa Branca se negou a cumprir uma ordem do presidente de se sentar e entregar o microfone durante uma entrevista coletiva um dia depois das eleições de meio de mandato.

"A Casa Branca está suspendendo o passe do repórter envolvido até novo aviso", disse a porta-voz da presidência, Sarah Sanders, horas após o incidente, referindo-se a Acosta. Depois disso, ele mesmo publicou um tuíte contando que seu acesso à Casa Branca estava vetado.

Bate-boca

O bate-boca começou depois que o jornalista segurou o microfone e insistiu em perguntar ao presidente sobre os migrantes centro-americanos que marcham para os Estados Unidos em caravanas. O presidente gritou "Chega", e uma estagiária tentou sem sucesso tirar o microfone das mãos do repórter.

"O presidente Trump acredita em uma imprensa livre e espera e dá as boas-vindas às perguntas difíceis para ele e sua administração", disse Sanders em sua declaração.

"Nunca toleraremos, porém, que um repórter ponha suas mãos sobre uma mulher jovem que está tentando fazer seu trabalho como estagiária da Casa Branca. Esta conduta é absolutamente inaceitável", afirmou.

No Twitter, Acosta rebateu a acusação de má conduta: "Isso é uma mentira".

Na mesma rede social, vários jornalistas de Washington que haviam assistido à coletiva de imprensa manifestaram seu apoio a ele.

"A secretária Sanders mentiu", disse a CNN, em um comunicado, assegurando que a suspensão da credencial foi "em represália por perguntas desafiadoras".

Sanders "fez acusações fraudulentas e citou um incidente que nunca aconteceu", frisou a emissora.

"Esta decisão sem precedentes é uma ameaça à nossa democracia, e o país merece algo melhor. Jim Acosta tem todo nosso apoio", acrescentou a CNN.

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