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Descrição da foto: No sábado, uma manifestante morreu atropelada durante protesto contra aumento de imposto nos combustíveis
Os números da mobilização, no sábado, chegaram a 288 mil participantes, um morto (uma manifestante de 63 anos morreu atropelada), 409 feridos, 14 em estado grave, e 73 detenções provisórias.
O movimento dos "coletes amarelos", uma referência à jaqueta que os motoristas devem usar para ter maior visibilidade em caso de acidente na França, protesta contra a alta do preço dos combustíveis e um imposto ecológico e tem o apoio de 73% dos franceses, segundo o instituto de opinião Elabe. Os protestos são organizados sem a presença de partidos políticos e sindicatos.
Neste domingo, nem o primeiro-ministro Edouard Philippe, nem o presidente Emmanuel Macron fizeram comentários, deixando o ministro do Interior Christophe Castaner à frente da crise.
Descrição da foto: 'Coletes amarelos' protestam contra o aumento de um imposto ecológico cobrado na venda de combustíveis
Imposto vale a partir de 2019
O governo francês anunciou na quarta-feira medidas para ajudar as famílias mais pobres a cobrir os gastos com energia, mas manteve o imposto sobre o combustível que desencadeou esse protesto.
"Nós não vamos anular o imposto sobre as emissões de carbono, não vamos mudar de curso, não vamos desistir de fazer frente ao desafio" da mudança climática, disse o primeiro-ministro durante a semana.
O novo imposto começará a ser aplicado em 1º de janeiro de 2019 e envolverá um aumento de 6,5 centavos de euro por litro de gasóleo e 2,9 centavos por litro de gasolina.
O governo também anunciou um bônus de até 4 mil euros para incentivar 20% das famílias mais pobres a trocar de carro e comprar uma versão menos poluente. Até agora, o bônus era de até 2,5 mil euros para trocar o carro antigo.
No mesmo dia do anúncio, o presidente Macron fez um mea culpa sem precedentes, admitindo que não conseguiu "reconciliar o povo francês com seus líderes" e prometeu uma "reconciliação entre a base e o topo" do país.
