Os manifestantes que protestam contra a alta dos preços dos combustíveis na França prosseguiam bloqueando, nesta segunda-feira (19), pelo terceiro dia consecutivo, as estradas de todo o país. Segundo a polícia, no início do dia já eram registradas 110 ações em todo o país.
"A mobilização não é tão grande quanto a de sábado", assinalou ao canal CNews Laurent Nuñez, secretário de Estado do ministério do Interior.
No sábado, cerca 290 mil pessoas manifestaram contra a alta dos preços do combustível e a queda do poder aquisitivo, bloqueando estradas, postos de gasolina e postos de pedágio em todo o país. No domingo, segundo estimativas da polícia, foram 46 mil pessoas que saíram às ruas em protesto na França.
O chamado movimento dos "coletes amarelos", uma referência à jaqueta que os motoristas devem usar para ter maior visibilidade em caso de acidente na França, protesta contra a alta do preço dos combustíveis e um imposto ecológico e tem o apoio de 73% dos franceses, segundo o instituto de opinião Elabe.
O primeiro-ministro, Edouard Philippe, declarou no domingo à noite ter escutado a "irritação" e o "sofrimento", mas afirmou que seu governo manterá "o rumo estabelecido". O presidente Macron não se pronunciou sobre as manifestações.
O ministro da Transição Ecológica, François de Rugy, indicou ao jornal Le Parisien que o governo seguiria "a trajetória prevista" em termos de tributação ecológica.