Manifestantes entram em confronto com a polícia em Paris

Centenas de manifestantes entraram em confronto com policiais, neste sábado (1), na avenida Champs-Elysées, no coração de Paris, no terceiro final de semana consecutivo de protestos contra o aumento dos impostos e a queda do poder de compra. Pelo menos 107 pessoas foram presas, de acordo com os jornais Le Monde e Le Parisien. Protestos em todo o país reuniram 36 mil pessoas neste sábado, segundo estimativa do primeiro-ministro, Edouard Philippe. Cerca de 5,5 mil manifestantes com "coletes amarelos" (gilets jaunes, em francês) à Champs-Elysées.

Alguns manifestantes, encapuzados e mascarados, tentaram forçar uma barreira colocada pela polícia para filtrar as entradas, segundo a polícia. Latas de lixo foram derrubadas e queimadas. A tropa de choque respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Latas de lixo foram derrubadas e queimadas. O Arco do Triunfo foi tomado por uma nuvem de fumaça.

Os manifestantes que vieram pacificamente para protestar usando o icônico "colete amarelo" fluorescente, foram pegos no fogo cruzado na avenida. Para a aposentada, " Macron deve descer de seu pedestal, entender que o problema não é o imposto, é o poder de compra. Todo mês eu tenho que mexer na minha poupança".

'Coletes amarelos'

O movimento que tem os “coletes amarelos”, que é um peça obrigatória para os veículos franceses, como símbolo começou em 17 de novembro. Ele conta com o apoio de dois em cada três franceses e uma petição "por uma redução nos preços do combustível" que superou o milhão de assinaturas.

Desconcertado, o governo não consegue dialogar com representantes do movimento que nasceu nas redes sociais, desvinculado de qualquer comando político ou sindical.

Este movimento começa a avançar para além das fronteiras da França: dois veículos policiais foram queimados na sexta-feira à noite em Bruxelas, no final de um protesto de cerca de 300 "coletes amarelos", o primeiro de seu tipo organizado na capital belga.