Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Mundo Mundo

População chinesa cai em 2018 pela primeira vez em 70 anos

A China é o país mais populoso do mundo

Por AFP
Publicado em: 03.01.2019 às 17:51

A China, o país mais populoso do mundo, sofreu em 2018 o primeiro declínio demográfico em pelo menos 70 anos, apesar do abandono da política do filho único, segundo especialistas.

Os dados oficiais serão divulgados neste mês mas, sem esperá-los, o especialista Yi Fuxian, um pesquisador estabelecido nos Estados Unidos na Universidade de Wisconsin-Madison, estima que a população da China diminuiu no ano passado em 1,27 milhão de pessoas.

Uma quantidade pequena se comparada com seus 1,39 bilhão de habitantes, mais de 6,5 vezes a população do Brasil, mas algo inédito na história da República Popular da China, fundada em 1949.

Depois de que o fundador do regime comunista, Mao Zedong, fomentou a natalidade, a China instaurou em 1979 a política do filho único, com frequência criticada por sua brutalidade.

Mas diante do envelhecimento da população, o governo passou a autorizar, em 2016, todas as famílias a terem dois filhos. O problema: devido ao alto custo da educação, saúde e moradia, muitos casais preferem ficar com apenas um ou inclusive nenhum filho.

Consequentemente, o número de nascimentos caiu em 2,5 milhões no ano passado, calcula Yi Fuxian, enquanto as autoridades chinesas esperavam um aumento de 790.000. O total de nascimentos, segundo ele, deveria ser de 10,31 milhões em 2018.

Paralelamente, o número de falecimentos aumentou para 11,58 milhões, calcula o pesquisador, que baseia seus dados em estatísticas locais.

O ano passado representa "uma mudança histórica para a população chinesa", explicou Yi Fuxian à AFP, considerando que a tendência pode ser inclusive "irreversível", dada a diminuição do número de mulheres em idade fértil.

"A população chinesa começou a cair pela primeira vez desde 1949, o problema do envelhecimento acelerou e o dinamismo da economia perdeu força", apontou.

As pesquisas de Yi serão publicadas em um estudo realizado com o economista Su Jian, da Universidade de Pequim, com base em cifras da Comissão Nacional da Saúde.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.