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Notícias | Mundo Revolta

França tem nono sábado de protestos dos coletes amarelos

Manifestações são contra o governo do presidente Emmanuel Macron

Por AFP
Publicado em: 12.01.2019 às 20:03

Foto por: CRÉDITOMEHDI FEDOUACH / AFP
Descrição da foto: 9º sábado de protestos dos coletes amarelos na França
Milhares de "coletes amarelos" manifestaram-se neste sábado (12), em Paris, e outras cidades francesas contra a política do governo de Emmanuel Macron. O nono sábado de mobilização nacional transcorreu, de forma geral, calma, com exceção de algumas brigas, em meio a um forte dispositivo policial. Oitenta e quatro mil pessoas foram às ruas protestar em toda a França, em comparação com as 50 mil da semana passada.

Em Paris, 8 mil pessoas foram às ruas, explicou o ministro do Interior, Christophe Castaner, em uma declaração transmitida à AFP, na qual destacou que não foram registrados "incidentes graves".

Os protestos ocorrem a três dias de um "debate nacional" convocado por Macron, que pode ser decisivo para o tenso clima político francês.

Egressos das classes populares e médias francesas, irritadas com os impostos, as baixas expectativas econômicas e uma política social que consideram humilhante, os "coletes amarelos" mostraram desta vez maior disciplina, após os graves incidentes registrados no sábado passado.

Um serviço de ordem dos próprios manifestantes, usando braceletes brancos, conseguiu impor mais calma.

Em Paris, epicentro dos protestos há nove sábados seguidos, os manifestantes se envolveram em algumas brigas no Arco do Triunfo.

"A responsabilidade venceu a tentação do confronto", comemorou o ministro do Interior.

Mas os 80 mil policiais mobilizados em todo o território também contribuíram para sufocar os protestos mais violentos.

No total, foram detidas pelas forças de ordem 244 pessoas em todo o país. Alguns jornalistas foram atacados, denunciou o ministro, que advertiu que "a liberdade de informar é inalienável".

O movimento dos "coletes amarelos" começou como uma mobilização contra o aumento no preço dos combustíveis, mas derivou em uma revolta contra as políticas do governo Macron.

Para tentar acalmar os ânimos, o presidente anunciou uma série de medidas, avaliadas em 10 bilhões de euros, para elevar o poder aquisitivo e reduzir a pressão fiscal, que inclui o aumento do salário mínimo em 100 euros. Mas isto não impediu a continuidade da mobilização.

Desde o início das manifestações, dez pessoas morreram em acidentes relacionados com os protestos e mais de 1,6 mil ficaram feridas.

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