Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Mundo Europa

Em Atenas, gregos protestam contra mudança de nome de país vizinho

Manifestantes pedem um referendo para definição do novo nome da nação que existe na região da Macedônia

Por AFP
Publicado em: 20.01.2019 às 16:15 Última atualização: 20.01.2019 às 16:18

Foto por: AFP
Descrição da foto: Em Atenas, grupo de manifestantes se posicionavam contra o nome de de República Macedônia do Norte

Incidentes foram registrados neste domingo durante uma manifestação que reuniu entre 60 mil e 100 mil pessoas em protesto contra o acordo sobre o novo nome da Macedônia, que o Parlamento tem que ratificar.

Os confrontos aconteceram entre as forças de segurança e cerca de 30 jovens encapuzados que conseguiram se infiltrar na manifestação e lançaram projéteis para tentar forçar o fechamento do Parlamento.

Policiais responderam lançando gás lacrimogêneo, o que provocou a dispersão de vários manifestantes. A polícia fez um cálculo de 60 mil pessoas no começo da manifestação, às 12h GMT, enquanto os organizadores disseram que mais de 100 mil pessoas participaram.

"Há uma só Macedônia, a Macedônia grega, é isso", disse a manifestante Christina Gerodimou, de cerca de 30 anos. "Este governo é um governo de traidores", criticou, em meio ao mar de bandeiras gregas.

Os manifestantes se reuniram atendendo a um chamado feito pelo "Comitê de luta por uma Macedônia grega". Segundo a polícia, 326 ônibus de todas as partes do país, principalmente do norte, chegaram neste domingo ao centro de Atenas transportando milhares de pessoas que participaram do protesto.

O centro de Atenas ficou fechado para a circulação de veículos, bem como as estações de metrô mais próximas de Syntagma, onde acontecem as concentrações maiores, em frente ao Parlamento grego, que votará o acordo polêmico nos próximos dias. 

Entre os manifestantes, estão grupos religiosos e popes, sacerdotes da Igreja Ortodoxa grega. "Referendo pelo nome da Macedônia", pedia um cartaz.

A polícia mobilizou quase 2 mil agentes, drones e helicópteros, segundo uma fonte policial. Os partidos de oposição ao governo de Alexis Tsipras (direita e socialistas) não participaram da manifestação, mas informaram que seus militantes poderiam comparecer em caráter particular.

O centro do debate parlamentar gira em torno do acordo com a Macedônia, que abre caminho para que aquele país se incorpore à União Europeia e Otan.

A Grécia se opunha até agora a iniciar negociações, uma vez que considerava que o nome Macedônia pertencia ao patrimônio histórico helênico e à sua província setentrional.

Na última quarta-feira, um Tsipras tenso pediu e obteve a confiança dos deputados após a demissão de seu aliado, o ministro da Defesa, Panos Kammenos, líder do pequeno partido nacionalista Gregos Independientes (Anel), que fez rachar quatro anos de coalizão governamental, em oposição ao acordo sobre o novo nome "República da Macedônia do Norte".

Apesar da vitória ante esta moção de censura, o destino do governo Tsipras, cujo mandato de quatro anos chega ao fim em setembro, é incerto.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.