O Ministério Público da Venezuela informou nesta quarta-feira (23) que vai investigar seis mortes ocorridas durante os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro. A ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social, porém, afirmou que 13 mortes foram registradas entre terça-feira e quarta em Caracas e nos Estados de Táchira, Barinas, Portuguesa, Amazonas e Bolívar. O governo do Estado de Táchira confirmou a morte de três pessoas.
O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino do país, afirmou nas redes sociais que está comprometido em restabelecer a democracia, a liberdade e o respeito aos direitos humanos. Em sua conta no Twitter, ele postou as manifestações de apoio do presidente Jair Bolsonaro e líderes políticos mundiais ao processo de transição.“Estamos agradecidos por seu reconhecimento e apoio à vontade do povo venezuelano na recuperação da democracia”, disse Guaidó referindo-se a Bolsonaro.
Nas redes sociais, ele respondeu às declarações dos líderes e publicou fotos com imagens dos protestos de ontem em várias regiões da Venezuela.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores, Konstantin Kosachev, usou as redes sociais para rechaçar a interinidade de Guaidó e defender o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo ele, há “sinais de um golpe de Estado”. Os presidentes do México, Andrés Obrador, da Bolívia, Evo Morales, e de Cuba, Miguel Díaz Canel, saíram em defesa de Maduro e não reconheceram a legitimidade de Guaibó. Porém, Brasil, Argentina, Paraguai, Peru, Colômbia, Canadá, além da União Europeia, dos Estados Unidos e da Organização dos Estados Unidos reconhecem o processo de transição e manifestaram apoio a Guaidó.