A tensão aumenta, nesta quarta-feira (1), em Paris, após os primeiros confrontos registrados entre militantes radicais e a polícia, pouco depois do início da tradicional passeata do Dia dos Trabalhadores. Geralmente pacíficas e dedicadas a reivindicações salariais, as manifestações acontecem nesta quarta-feira sob tensão e forte esquema de segurança.
O clima esquentou em Paris quando a polícia recorreu ao gás lacrimogêneo para dispersar centenas de "black blocs" - militantes anticapitalistas e antifascistas vestidos de preto e com o rosto coberto. Um manifestante foi ferido na cabeça.
Os enfrentamentos começaram às 11 horas locais ( 8 horas, em Brasília) perto do restaurante La Rotonde, que foi protegido com tapumes. Mais de 7,4 mil policiais e gendarmes foram mobilizados na capital francesa para as manifestações, onde acredita-se que haverá entre "mil e dois mil militantes radicais", segundo o ministro do Interior, Christophe Castaner.
Desde a madrugada, vários policiais começaram a revistar pessoas aleatoriamente nas proximidades da estação de Saint-Lazare, no centro de Paris.
O presidente Emmanuel Macron exigiu que a resposta aos "black blocs" seja "extremamente firme" em caso de violência, após as chamadas nas redes sociais para transformar Paris na "capital dos distúrbios".