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Atentado mata 76 pessoas na capital da Somália

O ataque ocorreu em uma área de tráfego intenso, perto de um posto de controle das autoridades e de um escritório da alfândega

Por AFP
Publicado em: 28.12.2019 às 10:26 Última atualização: 28.12.2019 às 10:29

Explosão ocorreu em agitado posto de controle da capital da Somália Foto: REUTERS/Feisal Omar
A explosão de um carro-bomba deixou, neste sábado (28), 76 mortos e dezenas de feridos em um bairro movimentado de Mogadíscio, em um dos ataques mais sangrentos ocorridos na capital da Somália, palco habitual de atentados terroristas islâmicos.

O ataque ocorreu em uma área de tráfego intenso, perto de um posto de controle das autoridades e de um escritório da alfândega.

O local ficou coberto de detritos e de veículos calcinados.

"O número de mortes que conseguimos confirmar até agora é 76. Também há 70 feridos. Mas o balanço pode piorar", disse à AFP Abdukadir Abdirahman, diretor de um serviço particular de ambulâncias.

Um policial, Ibrahim Mohamed, chamou a explosão de "devastadora".

O prefeito de Mogadíscio, Omar Mohamud Mohamed, disse em entrevista coletiva que o número exato de mortes ainda é desconhecido, mas que o ataque teria deixado cerca de 90 feridos.

"Mais tarde, confirmaremos o número exato de mortes, mas será importante. A maioria dos mortos são estudantes inocentes e outros civis", apontou.

Segundo Mohamed, "dois cidadãos turcos, aparentemente engenheiros civis envolvidos na construção de estradas, estão entre os mortos".

Uma testemunha, Muhibo Ahmed, afirmou que "havia muitas pessoas, também estudantes que estavam em um ônibus e que passavam pela área quando a explosão ocorreu".

"Tudo o que pude ver foram corpos [...] dispersos e alguns calcinados, irreconhecíveis", disse outra testemunha, Sakariye Abdukadir.

O ataque, que não foi reivindicado no momento, ocorre em um contexto de intensa atividade do grupo islâmico Al-Shabab, afiliado à Al-Qaeda.

Os insurgentes prometeram derrubar o governo da Somália, que tem o apoio da comunidade internacional e de 20.000 membros da força da União Africana na Somália (Amisom).

O Al-Shabab emergiu da União dos Tribunais Islâmicos, que controlava o centro e o sul da Somália, e estima-se que atualmente tenha de 5.000 a 9.000 membros.

O grupo radical islâmico foi expulso de Mogadíscio em 2011. Depois disso, perdeu a maioria de seus redutos.

No entanto, continua poderoso em algumas partes do país, onde realiza operações de guerrilha e atentados suicidas, incluindo na capital.

Seus alvos costumam ser governamentais, forças de segurança e civis.

Duas semanas atrás, cinco pessoas morreram em um ataque do Al-Shabab em um hotel de Mogadíscio, muito frequentado por políticos, militares e diplomatas.

Desde 2015, 13 ataques foram realizados na Somália. O ataque mais sangrento da história do país ocorreu em outubro de 2017, quando um caminhão-bomba explodiu na capital, matando 512 pessoas e ferindo 295.

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