Atualmente morando em Milão, na Itália, a hamburguense Luana Lanzini conta sobre a apreensão que os italianos estão vivendo com o aumento dos casos de coronavírus no país. Nos últimos dias, medidas como o cancelamento de missas e do carnaval de Veneza chamaram a atenção da mídia mundial. O motivo é tentar conter o avanço da doença, que nesta terça-feira (25) já chegava 283 infectados por lá, a maioria no norte da Itália. Até o momento, sete pessoas morreram no país europeu com o Covid-19, como o vírus passou a ser classificado.
Nesta manhã, Luana circulou pelas ruas e notou que a maioria das pessoas ainda não adotou o uso de máscaras. Os supermercados já sofrem com falta de alimentos.
Uma série de falhas em um hospital favoreceu a disseminação do novo coronavírus na Itália, que se estendeu hoje ao sul da península, na Toscana e Sicília, elevando o número de infectados, segundo informações oficiais. Outra região mais afetada é o Veneto, cuja capital é Veneza, com 38 casos e onde a primeira morte de um cidadão europeu pelo novo coronavírus foi registrada na sexta-feira.
A região da Emilia-Romagna é a terceira com 23 casos, concentrados na cidade de Piacenza, perto da Lombardia. As autoridades mantêm a atenção sobre Roma, onde três pessoas estão hospitalizadas em um instituto especializado, pois são pessoas infectadas no exterior, incluindo dois turistas chineses e um jovem italiano que acabou de voltar da China.
Por enquanto, a cidade de Codogno, no norte, foi identificada com o principal foco da epidemia. Foi nessa cidade de 15 mil habitantes que Mattia, um executivo de 38 anos, foi hospitalizado pela primeira vez na última quarta-feira e é considerado o "paciente 1".