Fragata brasileira que está em missão de paz no Líbano escapa de explosão em Beirute
Segundo o capitão de mar e guerra Mauro Seco, que é o líder da missão, a embarcação havia deixado o porto oito horas antes da tragédia
Um relato que elucida o caos vivido do outro lado do mundo. Uma embarcação com diversos militares brasileiros que estão no Líbano a serviço de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) escapou de ser atingida pela trágica explosão que atingiu o porto de Beirute na última terça-feira (4). De acordo com o capitão de mar e guerra Mauro Seco, que é o líder da missão, a fragata da Marinha havia deixado o local oito horas antes para realizar uma patrulha em alto mar. Em um áudio divulgado pelo WhatsApp ele afirma que estava próximo ao local no momento da explosão.
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As buscas seguem após explosão matar mais de 100 e deixar outros 4 mil feridos. "A tripulação está bem, todos nós estamos bem. Por pouco não fomos atingidos de forma fatal por este acidente", disse Seco. Ele conta que a fragata saiu do local por volta das 10 horas; a explosão aconteceu às 18 horas (horário local).
"Temos muitos mortos e muitos feridos, mas o pior é que um dos nossos navios estava atracado e foi atingido quase que em cheio, fazendo com que 40 pessoas tenham ficados feridas, sendo dez em estado muito grave". Seco afirma que a embarcação estava a cerca de 13 quilômetros do porto e que foi possível sentir a onda de choque. "O navio estremeceu, pensamos que havia acontecido alguma colisão. Conseguimos fazer a evacuação dessas pessoas como podíamos, seguindo orientações da ONU. Na cidade, as pessoas ficaram bem feridas, principalmente pelos cacos de vidro", falou.
"Existem suspeitas. Desde um atentado ter sido provocado por Israel ou causado por explosivos que estavam armazenados", completou Seco.
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