Primeiros carregamentos de vacina da Pfizer deixam fábrica nos Estados Unidos
Doses serão usadas para tentar frear o surto de coronavírus do país, líder mundial em registros de infectados e mortos pelo vírus
Os primeiros caminhões carregando lotes da vacina Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 para uso nos diversos estados dos Estados Unidos saíram de uma fábrica de Michigan neste domingo (13). As doses são importantes para tentar frear o surto de coronavírus do país, líder mundial em registros de infectados e mortos pelo vírus, com mais de 16 milhões de casos registrados e 297,5 mil óbitos, segundo informações da Johns Hopkins University.
Os carregamentos colocam em movimento o maior esforço de vacinação da história dos Estados Unidos. As dose foram embaladas em caixa de transporte com gelo seco e sensores habilitados para GPS para garantir que cada remessa permaneça à temperatura inferior a -70 C, condição necessária para conservar a vacina.
CONTEÚDO ABERTO | Leia todas as notícias sobre coronavírus
Inicialmente, a expectativa era de que cerca de 3 milhões de doses fossem liberadas. Na primeira fase, a vacina será aplicada prioritariamente a profissionais de saúde e residentes em asilos. O plano é garantir que haja vacina para dar as duas doses necessárias para proteção total contra Covid-19.
Brasil registra 181 mil óbitos e 6,88 milhões de casos de Covid-19
Governo do RS recebe cinco pedidos de reconsideração de bandeiras
Governo confirma mais 9 mortes ligadas à Covid; RS já tem 7.587 óbitos
A agência americana que regula medicamentos e alimentos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o uso emergencial do imunizante na última sexta-feira (11), declarando que a vacina é altamente protetora e não apresenta grandes problemas de segurança.
Embora os reguladores dos Estados Unidos tenham salientado durante meses que atuariam com rigor e independência em suas análises das vacinas contra o novo coronavírus, enfrentaram pressão política nos estágios finais de avaliação do imunizante da Pfizer/BioNTech. E a preocupação de que a autorização possa ter sido feita de maneira apressada pode prejudicar os esforços de vacinação em um país em que o ceticismo sobre as vacinas já está arraigado.
O chefe do FDA disse que a decisão da agência foi baseada na ciência, não na política, apesar da ameaça da Casa Branca de demiti-lo se a vacina não fosse aprovada antes de sábado.
Embora a vacina tenha sido considerada segura, os reguladores do Reino Unido estão investigando reações alérgicas graves. As instruções do FDA aos provedores incluem não fornecer a vacina a pessoas com histórico conhecido de reações alérgicas graves a qualquer um de seus ingredientes.