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Notícias | Mundo GUERRA NO LESTE EUROPEU

Acompanhe a repercussão da invasão da Rússia à Ucrânia

Presidentes de diversos países condenam os ataques autorizados pelo presidente russo Vladimir Putin

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 24.02.2022 às 08:53 Última atualização: 24.02.2022 às 22:04

Os bombardeios da Rússia à Ucrânia, autorizados pelo presidente russo Vladimir Putin, levam terror ao Leste Europeu nesta quinta-feira (24). Chefes de Estado da Europa, Ásia, América do Norte e a Otan – aliança militar do Ocidente – condenam o ataque contra alvos militares em Kiev, Kharkiv e outras cidades no centro e no leste ucraniano. 

A operação militar do começo da manhã, no horário local, nos enclaves separatistas do leste do país gerou pânico entre os moradores das cidades alvo dos bombardeios. Ucranianos relatam momentos de caos, tentando fugir do país e se protegendo da ofensiva em abrigos.

Putin prometeu "retaliação" a quem interferir na operação.

Algumas explosões foram registradas ainda nas cidades portuárias de Kiev e Mariupol.

Por volta do meio-dia, a Ucrânia foi atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodmir Zelenski. Uma série de explosões foi ouvida em Kiev.

Repercussão

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que o país rompeu as relações diplomáticas com a Rússia. Em resposta à invasão russa, o governo posicionou tanques de guerra na Praça da Independência, conhecida como Maidan, na área central da capital Kiev. A Ucrânia está sob decreto de Estado Marcial, nível máximo de restrições. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que conversou na madrugada desta quinta-feira com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Biden reforçou a condenação ao "ataque não provocado e injustificado das forças militares russas" e informou o líder ucraniano sobre os passos que estão sendo tomados para reunir a comunidade internacional após a ação de Moscou.

A China repetiu nesta quinta-feira o pedido por negociações para resolver a crise na Ucrânia e evitou criticar o ataque da Rússia. "A questão da Ucrânia é complexa em seu contexto histórico. O que estamos vendo hoje é a mistura de fatores complexos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying. "A China está acompanhando de perto os últimos acontecimentos. Nós ainda esperamos que as partes interessadas não fechem a porta à paz e, em vez disso, se empenhem em dialogar e evitar uma escalada da situação."

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, condenou com veemência a decisão russa de iniciar a guerra e prometeu apoio à Ucrânia. "A Rússia deve encerrar suas operações militares imediatamente. A França está trabalhando com seus parceiros e aliados para encerrar a guerra", disse Macron. Ele conversou por telefone com o presidente ucraniano, que pediu um "apoio europeu unido".

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também conversou por telefone com Zelensky e afirmou que o Ocidente "não ficará parado enquanto o presidente Putin trava sua campanha contra o povo ucraniano".

Outro líder a condenar a Rússia foi o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Ele informou que o país dará uma resposta rápida em conjunto com os Estados Unidos e outros aliados. "Esta invasão russa coloca em risco o princípio básico da ordem internacional que proíbe a ação unilateral de força para tentar mudar o status quo", declarou Kishida.

Espanha, França, Austrália e Itália também criticaram o episódio. Alemanha e Turquia alertaram seus cidadãos na Ucrânia para permanecerem em locais seguros. 

Comissão Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que apresentará aos líderes europeus ainda hoje um pacote de sanções "amplas e direcionadas" contra a Rússia pelo ataque à Ucrânia. Segundo von der Leyen, o conjunto de medidas atingirá setores estratégicos da economia russa, bloqueando acesso às principais tecnologias e mercados.

Von der Leyen também declarou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é responsável por trazer a guerra de volta à Europa, e que a União Europeia está ao lado da Ucrânia e do seu povo.

(Com agências internacionais)

Bolsa de Moscou suspendeu negociações

A Bolsa de Moscou anunciou que suspendeu as negociações em todos os seus mercados "até novo aviso".

O representante do governo de Kiev junto à Organização das Nações Unidas (ONU), Sergiy Kyslytsya, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "declarou guerra à Ucrânia". Putin, por sua vez, alega que a "operação militar" tem como objetivo "proteger a população civil".

Itamaraty pede suspensão imediata do conflito

Itamaraty apelou para a suspensão imediata do conflito. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu, nesta manhã, nota à imprensa em que afirma que acompanha, "com grave preocupação", a deflagração de operações militares da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

"O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil", diz a nota. 

Ainda nesta quinta-feira, o governo do Brasil disse que ainda está cadastrando brasileiros que estão na Ucrânia e desejam deixar o país. Há cerca de 500 nacionais em território ucraniano. No entanto, o Itamaraty afirma que não há condições de segurança para evacuação

A orientação é para que quem estiver na Ucrânia é de que fiquem em casa abrigados e sigam as recomendações das autoridades locais. Porém, quem estiver no leste do país europeu devem tentar deixar a região, ainda que por meios próprios. 

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