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Notícias | Mundo ARGENTINA

Fato mais grave desde a recuperação da democracia, diz Fernandez sobre atentado contra Cristina Kirchner

Presidente argentino que não tem boa relação com a vice exige apuração rigorosa e decreta feriado no país

Por Redação
Publicado em: 02.09.2022 às 00:44 Última atualização: 02.09.2022 às 09:25

O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, fez um pronunciamento de rádio e televisão no fim da noite desta quinta-feira (1º) sobre o atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner. Ele classificou o crime como "fato mais grave desde a recuperação da democracia no país" e decretou feriado nacional nesta sexta-feira (2). Um brasileiro está preso. Ele apontou uma arma carregada para a vice-presidente.

Alberto Fernandez, presidente da Argentina, fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão após atentado contra sua vice Cristina Kirchner
Alberto Fernandez, presidente da Argentina, fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão após atentado contra sua vice Cristina Kirchner Foto: Reprodução

"Cristina continua viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma com cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada", disse o presidente da Argentina. Fernandez condenou o ato, se solidarizou a Cristina, com quem não tem boa relação, e disse que "este fato afeta nossa democracia".

"Estamos diante de um fato de gravidade institucional e humana extrema. Atentou-se contra nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", continuou o presidente argentino, emendando um "enérgico repúdio de toda a sociedade". Fernandez criticou o que chama de "discurso de ódio que vem surgindo em diferentes espaços políticos".

Todos os senadores argentinos soltaram nota conjunta condenando o atentado contra Cristina. Governistas e oposicionistas foram fotografados juntos "para expressar solidariedade a Cristina". Os ministros argentinos também soltaram nota repudiando o crime. O ex-presidente Mauricio Macri lamentou o fato e cobrou "imediato e profundo esclarecimento".

No Brasil, figuras como o ex-presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também comentaram o atentado. "Toda minha solidariedade à companheira Cristina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade", escreceu Lula, dizendo que "Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo".

A senadora Simone Tebet (MDB), que concorre à Presidência da República, escreveu: "Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes."

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