Planetas que estão fora do Sistema Solar diminuem até sumir e motivo intriga cientistas
Fora do Sistema Solar, a resposta está na atmosfera dos corpos celestes
Planetas fora do Sistema Solar estão diminuindo, "murchando" como um balão até sumir, e alguns astrônomos podem ter descoberto uma explicação em um novo estudo publicado no The Astronomical Journal em novembro deste ano.
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Exoplanetas
Os exoplanetas normalmente orbitam outra estrela da Via Láctea, em regiões milhares de anos-luz distantes do Sistema Solar da Terra. Importante ressaltar: um ano-luz equivale a 4,96 trilhões de quilômetros. Um fato curioso é que há mais planetas do que estrelas, segundo o Kepler.
Existem quatro categorias principais, determinadas pela massa e tamanho:
- Gigantes de Gás: planeta do tamanho de Saturno ou Júpiter, os maiores, composto em sua maioria de gás;
- Netunianos: mundos gasosos com um tamanho parecido com Netuno ou Urano;
- Super-Terra: típicos planetas rochosos, que têm ou não atmosferas, maiores que a Terra e mais leves que Netuno;
- Terrestres: mundos menores e rochosos que estão fora do Sistema Solar da Terra.
Os primeiros foram descobertos em 1990. Hoje, são 5.500 confirmados, de acordo com o último levantamento da agência espacial.
Entre os super-Terras e sub-Netunos, existe uma ausência incomum de planetas, que têm entre 1,5 e 2 vezes o tamanho da Terra. "Cientistas têm agora dados suficientes para dizer que esta lacuna não é um acaso", afirmou a líder científica do Arquivo de Exoplanetas da Nasa e autora principal do novo estudo, Jessie Christiansen, ao portal da agência. "Alguma coisa está acontecendo que impede estes planetas de alcançarem e/ou continuarem deste tamanho."
O que está acontecendo?
Cientistas acreditam que essa ausência pode ser explicada pela perda de atmosfera de certos sub-Netunos. Isso acontece quando os planetas não tem massa o suficiente, e consequentemente força gravitacional, para segurar a atmosfera.
Ou seja, sub-Netunos que não são grandes o suficiente acabam "murchando" até o tamanho de super-Terras, deixando uma lacuna entre os dois planetas. Entretanto, exatamente como isso acontece é um mistério. Para os cientistas, até então, podem existir duas explicações: "perda de massa alimentada pelo núcleo" e "fotoevaporação". O estudo recente apresentou mais indícios de que a razão seja a primeira.
As hipóteses
A core-powered mass loss - ou perda de massa alimentada pelo núcleo, em tradução livre - acontece quando, com o tempo, a radiação emitida pelo núcleo quente do planeta empurra a atmosfera para longe do planeta. "Essa radiação empurra a atmosfera por baixo", afirma a cientista.
Já a fotoevaporação é o processo que ocorre quando a atmosfera do planeta é "essencialmente destruída" pela radiação quente da estrela quente hospedeira. Segundo Christiansen, "a alta energia de radiação que vem da estrela está agindo como um secador de cabelo em um cubo de gelo".
A primeira pode acontecer cerca do primeiro bilhão de anos de um planeta, enquanto a fotoevaporação é nos primeiros 100 milhões.