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O calor acende não só o alerta em relação aos cuidados com a saúde, mas, também, com o uso da água. Com o aumento da demanda e escassez de chuva, o nível dos rios diminui nessa época do ano. Em Novo Hamburgo, segundo o coordenador da Defesa Civil, tenente Claudiomiro da Fonseca, o nível do Rio do Sinos estava ontem à tarde com 2,26 metros. "Estamos monitorando. Há riscos quando ele fica abaixo dos dois metros. Nos últimos dias ele diminuiu cerca de 15 centímetros e tudo depende da intensidade do calor e do consumo da população", afirma Fonseca.
Preocupação
Em São Leopoldo a situação é ainda mais preocupante. O nível do Rio do Sinos no município está abaixo de um metro. "Ontem estava em 0,97 metros e na semana passada esteve ainda mais baixo, com 0,81 metros", conta o coordenador técnico da Defesa Civil de São Leopoldo, Fabiano Camargo. Uma reunião nesta sexta-feira, 27, deve definir as ações ambientais e de prevenção para evitar o desabastecimento na cidade. No Paranhana ainda não há riscos de racionamento.
Onda de calor
A onda de calor na região deve durar pelo menos até a próxima terça-feira,31, e a chuva não deve ser predominante na reta final de 2019. "Chamamos de onda de calor quando temos dias seguidos acima de 35 graus. E destaca-se período de pouca chuva. Com extremo calor não é raro temporais isolados, e eles podem acontecer, mas em geral deve predominar o tempo seco", observa a meteorologista da Metsul, Estael Sias.
Nesta sexta-feira a temperatura chega aos 39 graus e a mínima não passa dos 23 graus. Quem escolheu o litoral para a virada deve contar com tempo bom. "Vai dar praia nos próximos dias. Muito sol, calor e vento Nordeste nos finais de tarde", adianta Estael.
A onda de calor que ultrapassa os 35 graus pode retornar nos meses de janeiro e fevereiro, conforme a Metsul Meteorologia, ficando acima da média histórica e ultrapassando os 40 graus em alguns momentos. "A massa de ar seco favorece o período prolongado sem chuva generalizada sob influência do vento Norte quente que gera essa bolha de calor", explica Estael Sias.
E deve ser uma estação sem muita precipitação de chuvas. Deve haver apenas episódios pontuais de chuva volumosa a excessiva neste verão, com temporais passageiros em dias muito quentes e mais úmidos. Ainda segundo a Metsul, há previsão de quadro de estiagem e perda de produtividade nas safras de verão, além da diminuição no volume de água dos rios e incêndios em vegetações. Não haverá influência dos fenômenos El Niño e La Niña.
De acordo com o diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders, o consumo de água durante o verão aumenta 20% em Novo Hamburgo. Além disso, no geral, aos sábados são registrados 40% a mais no consumo de água no Município.
O aumento no consumo da água durante o verão e a diminuição no nível do Rio do Sinos faz com que a Comusa intensifique sua campanha de conscientização. A ação #FechaPraPreservar iniciou no dia 13 de dezembro e segue durante todo o verão com informativos e outdoors, além de ações nas redes sociais. "É parte do nosso trabalho conscientizar a população da importância de evitar o desperdício. Pequenas mudanças fazem toda a diferença, principalmente no verão", afirma Lüders.
