Entre as suspeitas da Polícia Civil para o caso de violação de um túmulo no Cemitério Municipal Willy Martin, no bairro Operário, em Novo Hamburgo, estão ritual religioso e interesse em queimar o cadáver.
Segundo o supervisor da 1ª DP, o inspetor Jorge Luz, o primeiro passo é investigar quem era a pessoa sepultada. Luz explica que, até o momento, o que se tem é "um caso de vilipêndio de cadáver, com motivação e autoria ainda desconhecidas."
A investigação ouvirá familiares do morto e analisará as imagens para identificar os autores.
O crime
Por volta das 7h30, uma pessoa que visitava o cemitério avisou o servidor que havia uma sepultura violada. Ao verificar o local, viu que se tratava de túmulo onde uma pessoa havia sido enterrada no dia 19 de novembro último. No entorno, ficaram outra ossada, de pessoa desconhecida, dentro de um saco plástico, diversas garrafas de bebida alcoólica e uma caixa de fósforos.
Câmeras de monitoramento do cemitério flagraram duas mulheres entrando por volta das 23 horas de segunda-feira. Cerca de 32 minutos depois, as imagens mostram o que parece ser uma explosão.
Luz explica que violar ou profanar sepultura é crime, de acordo com o artigo 210 do decreto lei 2.848/1940, do Código Penal brasileiro, sob pena de multa e reclusão de um a três anos. Pelo tempo de condenação, geralmente há reversão para pena alternativa, como prestação de serviços à comunidade e doação de cestas básicas. Conforme a Prefeitura, a Guarda Municipal intensificará o patrulhamento no Cemitério e o túmulo será consertado.