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Em Novo Hamburgo, na tarde desta terça-feira (4), no auditório do Prédio Azul da Universidade Feevale, centenas de profissionais que atuam em Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) receberam capacitação da secretaria municipal de Saúde.
Na ocasião, foi realizada uma revisão sobre os quadros virais, ministrada pela infectologista do Município, Fábia Corteletti. "Quando a gente atende um paciente com quadro gripal a gente não tem como identificar qual o vírus está causando aquele quadro. Nossos foco, portanto, é no manejo desse paciente, da sua entrada no serviço de saúde".
Ela ressaltou que, embora ainda não se saiba muito sobre o coronavirus, os demais vírus já são bastante conhecidos. "Muita coisa não é diferente dos demais quadros virais. Os sintomas do coronavírus se parecem com adenovírus, rinovírus, influenza e que infelizmente não temos como identificar antes de fazer um exame específico. O quadro clínico as vezes de parece até com um quadro alérgico", explica Fábia.
Por isso, conforme a infectologista, para o caso ser considerado suspeito de coronavírus o paciente precisa apresentar o quadro respiratório e o vínculo epidemiológico, ou seja, ter vindo da China e também tenha tido contato com alguém que esteve doente na China.
A recepcionista da USF da Vila Palmeira, Luisa Farias, 33, aprovou a iniciativa. "É uma ótima oportunidade, pois o vírus está aí. Não podemos nos alarmar, mas também não podemos ignorar os fatos".
O encontro contou ainda com a fala da enfermeira Evelin Brand. Ela destacou que os pacientes que apresentarem sintomas respiratórios, como febre, espirros, devem ter o atendimento priorizado nas unidades de saúde. "No acolhimento vamos avaliar se o caso é suspeito para o coronavírus".
Representantes da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars) se reunirão nesta quinta-feira (5), às 10 horas, na Secretaria de Saúde do Estado. Segundo o presidente da Amvars e prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, o encontro tem o intuito de saber qual o plano de ação do Estado, caso a região seja afetada pelo coronavírus. "Temos casos suspeitos e os prefeitos estão nos questionando como proceder diante da confirmação de alguma suspeita. Por isso, a associação está fazendo um trabalho preventivo, no sentido de poder enfrentar situações de crises", salienta.
