Faz mais de um mês que o funcionário público aposentado Breno Rosa Pereira, 67 anos, morador de Novo Hamburgo, vive sentindo um vazio. É que no dia 10 de janeiro a sua gaita, parceira do dia a dia, foi furtada de uma colônia férias em Albatroz, em Imbé.
Trata-se de um acordeon de 120 baixos, vermelho, da marca Michael, em fase final de personalização. “O sistema eletrônico tem dois volumes, um em cima e outro embaixo do registro. Pois cada músico personaliza do jeito que gosta. Se eu ver a gaita, reconheço de longe”, diz.
Seu Breno, como é conhecido, explica que o instrumento é avaliado em R$ 7,5 mil e, por ser de uma fábrica nova, com montagem na zona franca de Manaus, não há muitos exemplares. “Estava preparando a gaita para ficar comigo pelo resto da vida, daí me levaram. É uma coisa difícil de entender”, lamenta.
Breno tocou como músico profissional por vários anos, além de ter participado do antigo Grupo Folclórico de Novo Hamburgo e da Banda de Campo Bom. Também foi um dos fundadores do CTG M’Bororé, de Campo Bom.
Há dez anos, Breno já teve outro instrumento perdido. Em 2010, ele foi vítima de um assalto, onde foi roubado o seu carro e, como a gaita estava no porta-malas, acabou sendo levada também e nunca mais foi recuperada. Durante oito anos, ele tocou com instrumentos menores, até que conseguiu juntar dinheiro para comprar novamente uma gaita de 120 baixos, considerada a mais completa e com custo mais elevado. Os baixos são botões tocados com a mão esquerda que exercem função de acompanhamento, tocando notas e acordes num ritmo determinado pelo estilo de música.
Quem souber do paradeiro do acordeon Michael, cor vermelha, nove registros, sendo sete no teclado e dois nos baixos, pode fazer contato pelo telefone (51) 3593-9417.