EXCLUSIVO | Veja imagens dos homens que levaram corpo no porta-malas

O caso do homem desaparecido após ser colocado baleado no porta-malas de uma caminhonete Mercedes-Benz, dentro de um condomínio na área central de Novo Hamburgo, onde logo depois a Brigada Militar apreendeu 2,2 milhões em dinheiro, na madrugada de sexta-feira (6), ganha novos contornos surreais. Um dos criminosos, com arma na cintura e boné, usava distintivo que seria da Polícia Legislativa Federal. Ele e o comparsa, também armado, foram flagrados na entrada do prédio, na Rua Marcílio Dias, antes de fugir com a vítima.

O distintivo, usado por seguranças do Congresso Nacional, é mais um ingrediente que joga componentes da política na investigação do intrincado caso. Além do dinheiro, armas e drogas, foram apreendidas duas placas de veículos oficiais da Câmara Federal no apartamento do desaparecido. Segundo a Câmara dos Deputados, elas são falsificadas. No entanto, um derrame de placas parlamentares adulteradas foi apurado no ano passado, com deputados suspeitos.

Além disso, o homem flagrado com distintivo, conforme uma testemunha, seria assessor de um deputado de São Paulo. A informação inicial, ainda não confirmada, é que o desaparecido, João Victor Friderich de Oliveira, 31 anos, também seria assessor parlamentar. A namorada de Oliveira, de 16 anos, detida na noite do crime, é quem teria dito aos policiais. No interrogatório, no entanto, a adolescente e a mãe dela, de 35 anos, também presa, foram orientadas pelos advogados a permanecer em silêncio.

E o mistério só aumenta, numa investigação que mistura tráfico internacional com a política nacional, associados a possível esquema de roubo, estelionato e clonagem de veículos.