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A primeira delas foi por ingressar num governo tucano, já que é um dos principais opositores à gestão da prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt (PSDB), cidade que é o seu berço político. A outra diz respeito a críticas feitas ao governo Marchezan no passado, quando até chegou a classificar a gestão do atual chefe como uma "tragédia", quando comparou as duas administrações tucanas - de lá e daqui.
Experiente político, Hoff enxerga com naturalidade as composições municipais e suas respectivas divergências locais. "Não é pessoal, é institucional. O PSL está com o PSDB em Porto Alegre. E o PSL está com o PP, em Novo Hamburgo. Nenhum problema", afirma. O secretário do Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre assegura que sua prioridade está voltada exclusivamente ao novo desafio. "Minha inteligência e foco estão 100% ligados a minha função na secretaria que atua 24 horas unida à prefeitura para combater o coronavírus", complementa.
Por outro lado, deixa claro que quando a tempestade passar, também se voltará às articulações políticas em Novo Hamburgo, onde é um dos principais entusiastas da pré-candidatura da vereadora Patrícia Beck (PP) à Prefeitura. "Passado este prazo estou alinhado com a coordenação do grupo de vereadores que apoiam a Patrícia, onde fui convidado pelo presidente municipal do PP, Ivan Carlos", exemplifica.
Mesmo que ninguém afirme publicamente, o núcleo tucano do Vale do Sinos demonstrou estranheza quanto a nomeação de Leonardo Hoff para o primeiro escalão porto-alegrense. A prefeita Fatima Daudt, que também preside o PSDB em Novo Hamburgo, foi taxativa ao comentar o episódio. "Saiu do PP para o PSL. Está dentro do esperado. Ele sempre se movimentou com a finalidade de obter cargos nos governos. Os motivos devem ser explicados pelo prefeito Marchezan", afirmou.
Já o presidente do PSDB na capital, Moisés Barboza colocou panos quentes no fato e minimizou a questão. "Composição política de cada município é individual. O secretário foi escolhido por seu currículo. Não existe nenhuma relação com a política local de Novo Hamburgo. O que importa é que ele encare os desafios e 'nós burocráticos' da sua pasta e tenha sucesso", declarou.
Por mais que nenhuma liderança tucana diga isso publicamente, nos bastidores causou desconforto a nomeação de Leonardo Hoff para integrar o primeiro escalão de Marchezan.
A prefeita Fatima Daudt, que também é a líder do PSDB em Novo Hamburgo, diz que as explicações para a escolha devem ser dadas pelo colega porto-alegrense. “Leonardo Hoff saiu do PP para o PSL. Está dentro do esperado. Ele sempre se movimentou com a finalidade de obter cargos nos governos. Os motivos devem ser esclarecidos pelo prefeito Marchezan, afirmou.
Presidente do PSDB em Porto Alegre, Moises Barboza fez questão de colocar panos quentes e dizer que não há ligação entre as realidades políticas enfrentadas nas duas cidades. “Composição política de cada município é individual. O secretário foi escolhido por seu currículo. Não existe nenhuma relação com a politica local de Novo Hamburgo. O que importa é que ele encare os desafios e ‘nós burocráticos’ da sua pasta e tenha sucesso”, destacou.
Hoff, por sua vez, considera algo natural e “do jogo”, mas diz que tem boa relação com tucanos em nível estadual. “Fui diretor de uma das principais estatais do Rio Grande do Sul, a CEEE, durante o período em que o (deputado federal) Lucas Redecker era secretário de Minas e Energia”, pondera.
O que passou, passou. É assim que Hoff avalia o novo momento. “Estou alinhado com o governo Marchezan”, sublinhou. A respeito das críticas do passado disse que nem tocou no assunto com Marchezan e isto não interfere na continuidade do trabalho. “Não tocamos no assunto. Conversamos apenas sobre as ações de combate à Covid-19. Porém, o prefeito deixou claro que me convidou pela minha competência e capacidade”, sustentou.
