As pessoas que têm direito ao auxílio emergencial de 600 reais, que está sendo pago pelo governo Federal, vão receber todas as três parcelas, mesmo que pagas em uma única parcela. A garantia foi dada pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em entrevista no programa Ponto e Contraponto, da Rádio ABC, na manhã desta segunda-feira (4). "Quero dar tranquilidade às pessoas. O direito está garantido. No momento que são considerados aptos, vão receber todas as três parcelas", declarou o ministro no programa, comandado pelo jornalista João Carlos Ávila com a participação de Cláudio Brito. "Vamos cumprir a lei, temos a responsabilidade", frisou.
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Onyx falou ainda que procura pelo auxílio mostrou que milhões de brasileiros estavam invisíveis, ou seja, não constavam no sistema do governo de nenhuma forma. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas e universidades, o Brasil tinha de 6 a 8 milhões de brasileiros nesta situação. O ministro, entretanto, afirma que o governo mapeou 20 milhões.
Sobre as dificuldades de acesso, o ministro frisou que hoje há uma versão melhor do aplicativo, o que pode melhorar os acessos. Além disso, lembra, que houve um volume muito grande de pessoas que se inscreveram e que não tinham direito, sobrecarregando o sistema. "Fomos obrigados a checar cada um dos 50 milhões de CPFs."
Sobre o perfil de quem tem recebido o auxílio emergencial no Estado do Rio Grande do Sul, o ministro destacou que este grau de detalhamento ainda é trabalhado. Acrescentou, porém, que os "invisíveis" são homens e mulheres que não têm emprego, nunca dependeram do Estado e que ficaram sem condições financeiras.
Onyx Lorenzoni deu nota 9 ao programa de enfrentamento do governo brasileiro à pandemia do novo coronavírus. Ele diz que o País tem fórmula para enfrentar, com desenvolvimento de técnicas. "Numa análise objetiva, a gente encontra um País que encontrou a rede. (...) É um dos países ocidentais que melhor estruturou o enfrentamento à pandemia", citou.
Sobre o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que prevê a preservação do salário dos trabalhadores e estabelece reduções de jornada de 25%, 50% ou 70%, Onyx disse ainda que o comando é feito Ministério da Economia. A pasta está cuidando de fazer os ajustes e as transferências para todos trabalhadores que se encaixam nesse programa. Ele frisa que o Ministério da Cidadania ficou com aqueles que não tem contrato de trabalho.
O ministro da Cidadania, questionado sobre a indicação de Allan Bubna, para um cargo na pasta a qual dirige, diz que conhecia o professor de um curso de inglês em Brasília, mas a indicação foi porque ele é bacharel e formado em área internacional. Onyx explica que o Bubna passou por entrevista e que tinha a competência para o cargo. Porém, o assunto tomou os noticiários no final de semana, em reportagem na Folha de São Paulo. Onyx desistiu da nomeação.
Outro tema abordado durante a entrevista foi as manifestações realizadas em Porto Alegre e em Brasília. Nos dois casos, teve revolta contra a mídia. O ministro destacou que é contrário a qualquer tipo de ato de violência e que se preocupa muito em ser justo e correto.
Ao final da entrevista, destacou que o presidente Jair Bolsonaro veio para mudar a sociedade brasileira e que o governo dele tem grau de exemplo. Ele conta que todos os grandes países olham para o Brasil com respeito, com responsabilidade, em relação ao governo.