A história do muro do Colégio Estadual Dr. Wolfram Metzler, que caiu sobre a calçada da Avenida Nicolau Becker na chuvarada de 8 de março do ano passado, ganha um novo capítulo. Quem passa pelo local depara-se com a falta do muro na esquina com a Rua Silveira Martins, porém na outra quadra, na Rua João Antônio da Silveira, concretos pré-moldados já foram colocados fechando parte do pátio. A obra se iniciou em 18 de fevereiro deste ano, com previsão de ficar pronta em três meses, mas atrasou por conta do coronavírus. A estimativa é que a obra possa levar mais 30 dias.
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Segundo o diretor geral da Secretaria de Educação (Seduc), Paulo Magalhães, a pasta está acompanhando a obra. "Se houve algum atraso pode ter sido por conta da pandemia", frisa, destacando que a Secretaria Estadual de Obras havia informado que o muro pode levar até 30 dias para ser entregue. O prazo de um mês é o mesmo dado pela supervisora, Adriana Kohl, engenheira da construtora que a executa, a CSM Silveira Martins.
Uma placa, junto à escola, informa que a obra teve início em 18 de fevereiro com prazo para ser entregue em três meses. Com o valor de R$ 343.040,14, consiste em demolição do muro existente, execução de muro pré-moldado com painéis cegos, tela e drenagem, demolição da cobertura de salas de aula danificada e execução de nova cobertura com telas. A engenheira Adriana explica que falta somente o muro, cujo atraso ocorreu por conta da pandemia. "Já era para estar pronto, mas o fornecedor das placas de concreto teve problemas por conta da equipe reduzida, assim como ocorreu com a nossa", acrescenta. Ela explica que as placas de concreto precisam ser produzidas para serem colocadas por esse fornecedor.
Em março deste ano, a diretora da escola, Soedi Azeredo, informou que a obra não seria apenas da parte que caiu e sim de todo o muro, que estava condenado. Para isso, a demolição seria de 233 metros, com drenagem, instalação de painéis pré-moldados e telas. E que um portão ao longo do muro também passaria por reforma. Em março, a diretora explicou que reforma de salas mais antigas estavam incluídas no projeto, recebendo novo telhado, forro e fiação elétrica.
A supervisora da obra, Adriana Kohl, engenheira da construtora CSM Silveira Martins, diz que até quarta-feira houve trabalho no local. Na quinta (21) não ocorreu por conta da previsão de chuva para os próximos dias. "Precisamos usar máquinas que perfuram o solo para fazer a microestaca para concretar as placas e, para isso, precisa ser com tempo firme, o que deve acontecer na semana que vem", antecipa.
Quem passa pelo local observa a demora na solução do problema. O engenheiro civil, Luiz Henrique Strassburger, 56 anos, que caminhava na calçada pela manhã de quinta-feira (21), acha lamentável a situação por tratar-se de uma escola que deveria oferecer segurança. "Desde a hora que caiu, acompanhei pelo jornal ou quando passava por aqui, a história do muro", comentou. Ele ficou surpreso em ver uma parte do muro em obras, porém no lado que não havia caído no ano passado.