Um buzinaço realizado pela Associação dos Transportadores Escolares de Novo Hamburgo tomou conta das ruas da cidade na tarde desta segunda-feira (8). O grupo se reuniu no bairro Hamburgo Velho e seguiu em direção ao Centro Administrativo Leopoldo Petry, onde foi recebido pela procuradora-geral do Município, Fernanda Luft; pelo assessor jurídico especial, Márcio Luders; e pelo diretor municipal de Transportes, Leandro Bortoli.
O grupo de proprietários de vans escolares apresentou dois pedidos ao executivo. Um deles é o apoio da Prefeitura a uma iniciativa estadual da categoria, que busca junto ao Governo do Estado uma linha de empréstimos do Banrisul a juros baixos. O outro é que o administrativo hamburguense interceda junto ao Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) pelo congelamento das vistorias semestrais até a retomada normal dos trabalhos. A Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "sinalizou apoio a ambos pedidos e deve encaminhar ofícios ao Banrisul e Detran em defesa deles."
Na próxima terça-feira (9), a partir das 13 horas, dezenas de associações de transportadores escolares do Estado se reunirão em Porto Alegre, quando devem entregar um documento com os pedidos no Palácio Piratini. Na tarde de ontem, segundo o presidente da Associação dos Transportadores Escolares de Novo Hamburgo, Guilherme José Dobner, foram colhidas as assinaturas de mais de 40 transportadores escolares do Município.
Dobner ressalta que a categoria foi a primeira a parar e será a última a voltar. "Nesse momento a gente não está tendo nenhuma renda. Entendemos que há muitos pais desempregados, mas não sabemos mais como pagar nossas contas. Temos a prestação das vans, manutenção dos veículos, vistorias e temos nossa família para sustentar", diz. Ele destaca que há, em média, 70 vans ativas em Novo Hamburgo. "Precisamos de uma linha de crédito com carência de seis meses ou um ano para a gente conseguir se manter", salienta.
A coordenadora do Procon de Novo Hamburgo, Cláudia Schenckel, destaca que o valor integral, nesse período, não poderia ser cobrado, pois o serviço não está sendo prestado diária e efetivamente, cabendo uma negociação entre as partes. "Por essa razão, inclusive, o Procon de Novo Hamburgo idealizou a campanha 'É no acordo que sairemos mais fortes', na qual as partes apresentam suas possibilidades e necessidades", pontua.