Festas particulares, bares, espaços públicos como praças, campos, ginásios de esportes e postos de combustíveis são as principais denúncias de aglomerações recebidas pela Central de Fiscalização de Novo Hamburgo. Entre abril e junho, foram 105 notificações e 22 autos de infração, com 16 interdições cautelares aplicadas pelo setor. Conforme o coordenador da Central, o secretário de Meio Ambiente, Udo Sarlet, somente no último sábado (20) foram 110 denúncias, número que o deixa negativamente impressionado. "As pessoas não estão se dando conta de que há muita gente morrendo [em razão da Covid-19]", lamenta.
Das cinco principais denúncias de aglomerações, que representam 35% dos contatos que chegam à Central, as confraternizações domiciliares continuam liderando. Sarlet ressalta que as pessoas acham que podem ter uma vida normal.
"É preciso se deslocar do trabalho para casa e não fazer festas em casa", reforça. O segundo ponto é o funcionamento de bares em bairros. A Central de Fiscalização recebeu denúncias de locais abertos especialmente na Santo Afonso, Canudos e Kephas. "Mesmo com bandeira laranja, já não podiam abrir. Não dá para tomar cervejinha ou jogar sinuca", comentou.
Um dos locais onde as pessoas costumam se aglomerar em Novo Hamburgo é no posto de combustíveis Terra Nova, conhecido como posto do Abacaxi, à margem da BR-116. A Prefeitura exigiu do proprietário medidas contra aglomerações sob pena de sofrer penalidades e, neste final de semana, a área foi isolada com fitas e placas que orientavam sobre o decreto municipal."No final de semana, mantivemos ronda da Guarda Municipal no local", comenta Sarlet.
Nesta segunda-feira (22), a fita e as placas que isolavam o gramado foram retiradas por um funcionário, sob orientação da gerência. A medida foi justificada em razão de, segundo o posto, não haver concentração de pessoas no gramado do estabelecimento durante a semana. Ainda conforme o gerente, além das placas e do isolamento do local, guardas particulares, responsáveis pela segurança local, também orientaram o público a não permanecer no canteiro, o que teria sido respeitado neste final de semana.
*Colaborou Ermilo Drews
A aglomeração ainda está presente em espaços públicos. Sarlet citou denúncias de casos nas praças Pedro Alles, na Nicolau Becker, a do Foguete, na Primeiro de Março, do bairro Boa Vista, do Imigrante e Jardim Vila Rosa. "As pessoas conversam, umas com máscaras e outras sem, sem manter os dois metros de distância", exemplifica.
Há denúncias sobre campos e ginásios de esportes públicos e privados. "Não pode ter esporte coletivo. Fica na mesma categoria de confraternização. Futebol e vôlei nem pensar em cancha", ressalta Sarlet.
Os passeios ciclísticos também chamam atenção. "Eles andam em grupo e fazem os pontos de parada e ficam conversando próximos uns dos outros."
O secretário ressalta que, caso alguém necessite realizar uma atividade física, faça-a com máscara. "Têm atividades que não têm que se fazer agora. É preciso ficar em casa e se restringir ao necessário. Se tiver que ir no mercado, vá uma pessoa. As compras não são um evento social para ir toda a família", acrescenta.
Sarlet reforça que as denúncias precisam ser exatas. "Tem que ter um pouco de bom senso. Todas as demandas empregam efetivo da Guarda Municipal, fiscais e deslocamento com o carro da Prefeitura." Infrações podem ser informadas pelo 3097-9400, de segunda à sexta-feira, do meio-dia às 18 horas, ou pelo Whatsapp 99880-1095.
Do dia 17 de abril até 15 deste mês foram mais de 1.110 fiscalizações, com 105 notificações e 22 autos de infração com 16 interdições cautelares.