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Notícias | Novo Hamburgo Prejuízos

CDL organiza protesto e pede reabertura de comércio em Novo Hamburgo

Entidade defende reabertura mesmo que seja com restrições, a exemplo do que ocorria na bandeira laranja

Por Ermilo Drews
Publicado em: 10.07.2020 às 11:28

Manifestantes fizeram pressão em frente ao Centro Administrativo Leopoldo Petry Foto: Ermilo Drews/GES-Especial
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com apoio de comerciantes e representantes comerciais, realizou um protesto na manhã desta sexta-feira em frente ao Centro Administrativo Leopoldo Petry. De acordo com o presidente da CDL-NH, Jorge Stoffel, o grupo defende a reabertura do comércio mesmo que seja com restrições. "Sempre seguimos todos os protocolos. O comércio não é culpado pela expansão da Covid-19. Precisa fiscalizar as aglomerações. O comércio sempre fez sua parte, mas é o único que precisa fechar", dispara Stoffel.

O grupo ostentava faixas e cartazes com frases como “Todo comércio é essencial” e "Qualquer trabalho que provê o pão de cada dia é um trabalho essencial”. Para chamar a atenção de motoristas, em alguns momentos os manifestantes bloquearam rapidamente a rótula em frente à sede da Prefeitura, entre as ruas Guia Lopes, Sapiranga e Coronel Travassos. Com a bandeira vermelha, o comércio de rua em Novo Hamburgo está fechado há quase duas semanas.

No momento do protesto, não havia expediente no Centro Administrativo Leopoldo Petry. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre a reivindicação da CDL-NH.

No ano, o saldo de empregos em Novo Hamburgo, diferença entre contratações e demissões, está em -5.450 vagas, de acordo com dados entre e janeiro e maio fornecido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O desemprego se acentuou a partir de março, com o surgimento da pandemia e das medidas de isolamento. O comércio está entre os setores mais afetados pelas medidas de isolamento.


Lojista defende equiparação às academias

Proprietário de uma loja no Bourbon Shopping e outra no Centro, Diovano Klein afirma que os lojistas não suportam mais tantos dias fechados e cobra o que considera coerência dos governos. “Todos os recursos do governo federal, de suspensão de contrato de trabalho e redução de carga horária, foram esgotados. A gente não tem mais para onde correr. Não vamos ter mais como pagar salários e manter a empresa aberta. Existem atividades abrindo de forma controlada e queremos uma flexibilização. Como acontece em academias, que podem atender em 16 metros quadrados. Não compreendemos porque uma academia pode abrir a cada 16 metros quadrados e nosso comércio não pode, seguindo todos os protocolos”, questiona.

Klein reforça a defesa que o comércio está pagando uma conta pela pandemia que não é do setor. “Percebemos que mesmo que o distanciamento venha acontecendo, não está resolvendo. O comércio não é o culpado, o propagador da pandemia. As pessoas continuam nas ruas. Às vezes, não tem lugar para estacionar mesmo com o comércio fechado. Queremos pelo menos que a prefeita brigue por nós.”

Prefeitura argumenta que restrições são impostas pelo Estado

Por meio de nota, a Prefeitura de Novo Hamburgo informou que recebe com naturalidade a manifestação na manhã desta sexta-feira. No entanto, lembra que o modelo de distanciamento controlado e as restrições impostas ao comércio e demais atividades são deliberadas pelo governo do Estado e não pelo Executivo Hamburguense, que segue os regramentos das bandeiras sob pena de ser acionado judicialmente.

A Prefeitura lembra ainda que o contágio do novo coronavírus segue avançando de forma preocupante em todo o Estado e aglomerações são um risco à saúde pública.

A administração municipal reforça recomendação para que a população fique em casa se puder e use máscaras sempre que precisar sair, além de lavar as mãos com frequência com água e sabão e álcool em gel. "São medidas como estas que podem contribuir para voltarmos à bandeira laranja e não avançarmos para a bandeira preta", alerta.

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