Escolas particulares de Educação Infantil de Novo Hamburgo querem auxílio da Prefeitura para não fechar as portas durante a pandemia, garantindo o emprego de funcionários. O pedido, protocolado neste mês, foi necessário por conta das dificuldades financeiras que essas instituições de ensino enfrentam.
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A União das Escolas Privadas de Educação Infantil (Uepei), criada em abril deste ano, registra cancelamento de matrículas nas instituições e até fechamento de algumas. Das 38 escolas credenciadas e em processo de credenciamento, três já fecharam as portas. Se a situação persistir, não se descarta outros fechamentos.
A diretora da Escola Turma do Ursinho Pooh, Letícia Tormes de Bastos, explica que em março havia 74 alunos matriculados, mas agora os que ainda pagam, com descontos concedidos de 50%, são 22 crianças. "Em junho, eram 29. Como a comunidade escolar contava com a reabertura em julho, infelizmente perdemos mais sete, totalizando 22 atualmente", lamenta.
Na quarta-feira da semana passada, dia 15, o grupo entregou suas reivindicações na Câmara de Vereadores, pedindo apoio para que a pauta chegasse ao Executivo. No mesmo dia, o pedido foi protocolado na Prefeitura. "Semelhante à proposta de subsídio às empresas de transporte, pedimos que a Prefeita envie à Câmara a proposta de auxílio às empresas que estão impedidas de exercerem suas atividades", explica Vanessa.
Em nota, através da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Novo Hamburgo afirma que compreende a importância da rede privada de educação infantil e a relevância social destas escolas para as famílias. "No entanto, infelizmente não é possível aventar a possibilidade de auxílio financeiro por parte da municipalidade aos estabelecimentos de ensino privado."
Todas as salas estão com menos alunos. O berçário tem seis, as faixas etárias 1, 2, 3, 4 e 5 têm três, cinco, dois, quatro e nove alunos, respectivamente.
A diretora Letícia fez um desabafo em rede social. Ela acredita que algo deva ser feito para que as escolas resistam à crise econômica, mantendo os funcionários. As diretoras entendem que, com o fechamento e a falta de previsão de retorno das atividades, as escolas têm sofrido com o grande número de cancelamentos de matrículas. Outro ponto preocupante é o prazo das medidas do governo federal. "Boa parte das escolas já se utilizou da redução de carga horária ou da suspensão dos contratos", acrescenta.