Especialistas, médicos e gestores públicos ainda não têm a certeza se a pandemia de coronavírus já atingiu seu pico, mas alguns dados vêm mostrando que podemos já ter passado pelo pior. Em Novo Hamburgo, por exemplo, a semana se encerra com o menor acumulado de óbitos por Covid dos últimos dois meses, somando sete mortes. Ainda que a média seja alta, com um óbito por dia, é a metade da média diária registrada no início do mês.
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De acordo com a Secretaria de Saúde de Novo Hamburgo, na semana passada foram 9 mortes por Covid registradas no Município; na anterior, 15; seguidas de 15, 8, 20, 16, 10 e 11.
Mas se o ritmo de mortes e de internações em UTIs reduziram, o mesmo não se aplica ao número de novos casos. Numa comparação com os primeiros 20 dias de julho, as confirmações se mantiveram praticamente iguais, com leve alta, saindo de 1.094, em julho, para 1.098, em agosto. No total, Novo Hamburgo tem, conforme a Prefeitura, 3.700 casos confirmados e 121 mortes, sendo 30 em agosto.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Fernando Spilki, o momento ainda é de cautela. "Há, sim, uma estabilização momentânea do número de novos casos e um reflexo disso na ocupação de UTIs, que permanece alta, mas estável." Contudo, ele reforça que se não houver um cuidado das autoridades e da própria população, pois o vírus continua circulando em níveis altos, o número de infectados e internados pode voltar a subir.