Pelo segundo ano consecutivo, a celebração do Domingo de Ramos teve que ser adaptada diante do cenário de pandemia, que ainda exige medidas restritivas para evitar a circulação de pessoas e com isso disseminação do coronavírus. A data cristã marca o início da Semana Santa e antecede a Páscoa. “O ramo verde é colocado em lugar de destaque, para quer cada vez que você enxergue esse ramo, lembre do compromisso de viver a vida cristã, sobretudo nesta semana, que é uma Semana Santa”, explica o bispo diocesano, Dom Zeno Hastenteufel.
O bispo presidiu a missa das 10 horas, na Catedral Basílica São Luiz Gonzaga, no Centro de Novo Hamburgo. “Esse é o domingo onde pegamos os ramos verdes nas mãos como sinal de esperança. Este ano, temos esperança de que em pouco tempo e com vacinas em abundância, vamos conseguir superar esse momento”, completou.
Ainda hoje ocorrem missas às 15 horas, 17 horas e 18h30. Para todas é necessário ter feito o agendamento prévio ou mediante disponibilidade de lugares. No Santuário das Mães, as celebrações ainda ocorrem às 16 horas e 17h30. Não é necessário agendamento, mas podem participar de cada celebração no máximo 50 pessoas. É possível acessar o espaço enquanto houver ficha.
“A fé nos dá esperança e celebrar ela dentro da igreja é muito especial”, descreveu Anastácia Adams, 58 anos, moradora do bairro Petrópolis. Ela inscreveu o marido, o casal de filhos, o genro e nora, que participaram juntos da celebração, que também lembrou a missa de sétimo dia da sogra. “Precisamos seguir a vida, mas tomando as precauções de cuidado, como as máscaras e a higienização das mãos”, pontuou.
O casal Maria Ceni e Luís Pedro Barcelos, moradores do Centro, levou os netos gêmeos, Theo e Arthur, de 4 anos, para participar da missa. “Fomos no Santuário das Mães, mas estava muito cheio, aí passados em Hamburgo Velho e estava fechado. Viemos aqui ver se teria lugar e deu certo. Sempre que possível participo das missas, se não consigo no final de semana, vou durante a semana”, explica Maria Ceni.
Na Quinta-Feira Santa, segundo o bispo, é a noite em que Jesus institui a eucaristia e o sacerdócio. "É quando ele lava os pés dos apóstolos, o que não vai ocorrer este ano devido à pandemia. Esse dia é o memorial da primeira missa celebrada por Jesus, na última ceia. Nesse dia, também, os apóstolos são ordenados os primeiros sacerdotes da Igreja Católica."
Conforme Dom Zeno, a Sexta-Feira Santa é quando se cumpre as palavras de Jesus de que "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos. É o momento da dolorosa paixão de Cristo, que passa por todos os sofrimentos e morte de cruz, terminando com a sua sepultura.
A Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Cristo, é celebrada desde a noite santa de sábado. O Sábado de Aleluia é o momento de celebrar a vigília pascal. É a maior noite do ano. É lá onde nós vamos tirar o fogo da pedra, acendemos o fogo novo e o Círio Pascal, que passa a simbolizar o Cristo vivo e ressuscitado. Dentro dessa missa se fazem batizados ou pelo menos se prepara a água batismal."
O Domingo de Páscoa é o dia da ressurreição. "A partir dessa páscoa, o primeiro dia da semana passa a ter um significado novo para os cristãos, que passam a celebrá-lo como o dia do Cristo ressuscitado. O primeiro dia da semana passa a ser chamado então domingo, que vem do latim dies Dominicus, que significa dia do Senhor."
*Colaborou: Bruna Mattana
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