A Prefeitura de Novo Hamburgo definiu novo valor para a passagem de ônibus no Município, após dois anos sem reajustes. A tarifa ficará em R$ 4,60, abaixo da expectativa das empresas que desde o fim de março não contam mais com subsídio municipal para o operar. Atualmente, a tarifa está em R$ 3,85.
Conforme a Prefeitura, o novo valor obedece a planilha de custos do transporte coletivo hamburguense. Para passar a vigorar, o projeto com o reajuste da tarifa, ainda precisa seguir trâmites que envolvem a Câmara de Vereadores. A Prefeitura encaminhará a indicação do valor ainda nesta terça-feira (13) para a Casa legislativa.
Atualmente, a rede pública de ônibus de Novo Hamburgo conta com 75 veículos, sendo 54 em operação e 21 de reserva. São 31 linhas, sem um sistema integrado.
A secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Roberta Gomes de Oliveira, explica que o Município não tem mais recursos para seguir com o subsídio ao transporte coletivo. Ao mesmo tempo, o Município precisa garantir a disponibilidade de horários e circulação dos ônibus. Desde meados do ano passado, quando foi instituído o subsídio, a Administração Municipal já repassou mais de R$ 2 milhões ao sistema de transporte público.
A Prefeitura já vinha avaliando a possibilidade de atualização do valor em razão de aumentos e reajustes de custos de operação do sistema. Na quarta-feira da semana passada, as empresas haviam reduzido os horários de ônibus alegando incapacidade financeira para seguir prestando o serviço em razão do fim do subsídio. Em reunião no dia seguinte, a Prefeitura determinou o retorno imediato da grade de horário já estabelecida e condicionou estudos para definição do novo valor, o que foi concluído no fim de semana.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Vale do Sinos (Setup) e gerente da Viação Feitoria, Eder Scherer, diz que as empresas - Futura, Courocap, Hamburguesa e Feitoria - não foram comunicadas oficialmente. "Estamos aguardando o Município sobre o valor", declarou na manhã de terça-feira. O dirigente conta que na última reunião, na quinta-feira, dia 8, foi informado que uma nova tarifa seria estudada para compensar a suspensão do subsídio. "Agora, vamos aguardar os próximos passos."
Desde o final do mês de março, a Prefeitura decidiu que não irá repassar mais o subsídio de custeio às empresas de ônibus da cidade. A medida, adotada desde meados do ano passado, compensava os prejuízos enfrentados pelas empresas com a queda no volume de passageiros por conta da pandemia.
Em 2020, a Câmara de Vereadores havia aprovado o subsídio para manutenção do transporte público, que acabou estendido até março de 2021. A Prefeitura pagou mais de R$ 2 milhões no período. A complementação às empresas variava conforme a diferença levantada na planilha de custos. Somente em fevereiro, o subsídio ultrapassou a casa dos R$ 237 mil.
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