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Após acordo com Prefeitura, abrigo para crianças e adolescentes seguirá funcionando

Houve mobilização para reverter fechamento do Cecrife

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 30.06.2021 às 03:00 Última atualização: 30.06.2021 às 08:42

Deu certo a mobilização de funcionários e ex-funcionários do abrigo Cecrife Querubim. O espaço, criado em 1980, e que atende crianças e adolescentes vítimas de violência ou em situação de extrema vulnerabilidade, não vai mais fechar as portas. O Cecrife vai se adaptar ao modelo adotado pela Prefeitura de Novo Hamburgo, que privilegia casas lares no lugar dos abrigos. O entendimento é de que esta modalidade proporciona aos acolhidos um convívio mais próximo de uma situação familiar.

O contrato entre a Associação Evangélica de Ação Social (Aevas), que administra o Cecrife, e a prefeitura termina hoje. Um novo contrato deve ser firmado entre as duas partes, já dentro do novo modelo. Desta forma, o Cecrife deve seguir atendendo até 10 menores.

Posição oficial

A Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) se manifestou por meio de nota, em que confirma o novo contrato com a entidade:

"A pasta abriu dispensa de chamamento público (conforme prevê a Lei 13019/2014, em caso de iminência de paralisação de atividades essenciais) para a prestação deste tipo serviço de Casa Lar, em que a Associação Evangélica de Ação Social (AEVAS) se habilitou e passará a ofertar 10 vagas nesta modalidade para o município a partir de julho", diz o texto.

Atualmente, o abrigo conta com 19 acolhidos. Com o fim do contrato, dez deles iriam para uma Casa Lar pertencente ao Instituto Renascer, em Novo Hamburgo, cinco para o Lar São João Bosco e os restantes para outras entidades localizadas no município. Ontem a SDS informou que agora dez jovens seguirão em atendimento no Cecrife e nove serão encaminhados a outra Casa Lar.

Campanha pelo Cecrife

O iminente fechamento do abrigo gerou uma grande mobilização virtual de funcionários e ex-funcionários da entidade, o que foi mostrado em reportagem do Jornal NH em 11 de junho. Um abaixo-assinado reuniu centenas de assinaturas. A campanha chegou à Câmara de Vereadores, onde um ex-funcionário usou a tribuna para dar visibilidade ao caso.

Na ocasião, o presidente da Aevas, Osmar Musskopf, afirmou que o abrigo seguiria operando somente até o fim de julho. Sem os repasses da prefeitura, ele avaliava que seria inviável manter as atividades. O valor dos repasses era um dos pontos do desentendimento entre prefeitura e Aevas.

Fundado oficialmente em março de 1980, o Cecrife existe há 41 anos e é vinculado à Associação Evangélica de Ação Social (Aevas). No início, o trabalho social era voltado ao atendimento a mães solteiras rejeitadas pelas famílias, daí o nome Cecrife, que significa Centro Cristão Feminino. Desde 2018, a Aevas tem um Termo de Colaboração com a prefeitura.

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