Obra da Estação de Tratamento de Esgoto Luiz Rau está paralisada há um mês
ETE será responsável por aumentar a capacidade do tratamento de esgoto em Novo Hamburgo de 7% para 50%
Com previsão de duração de quatro meses, a obra de terraplanagem da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Luiz Rau, iniciada no dia 2 de março, ainda não foi concluída em Novo Hamburgo. Além disso, há pelo menos um mês, os trabalhos estão paralisados: as máquinas deixaram a área localizada na Rua João Corrêa, no bairro Santo Afonso.
Dois vigilantes foram contratados para monitorar o espaço, de 139 mil metros quadrados, a fim de impedir invasões enquanto não há movimentação.A empresa vencedora da licitação aberta pela Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo foi a Construtora Sintra Ltda, sediada em Porto Alegre. O investimento é de R$ 4.894.366,50, financiados pela Caixa Econômica Federal.
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A ETE será responsável por aumentar a capacidade do tratamento de esgoto em Novo Hamburgo de 7% para 50%, tendo impacto importante também sobre a Bacia do Rio dos Sinos. A falta de tratamento dos dejetos domésticos é a principal causa de poluição do rio, responsável por abastecer 32 municípios. O prazo anunciado para que a ETE esteja operando é 2024.
Segundo a assessoria de imprensa da Comusa, devido ao período prolongado de chuva, foi necessário suspender temporariamente a obra por conta do acúmulo de água. Ainda conforme a assessoria, a autarquia pediu apoio à Secretaria de Obras da Prefeitura para drenagem do terreno. Não foi informada data para retomada dos trabalhos. A empresa Sintra, por sua vez, afirmou à reportagem que todas as informações referentes à terraplanagem da ETE Luiz Rau deveriam ser obtidas junto à autarquia.
Histórico
A construção dessa estação de tratamento vem sendo discutida desde dezembro de 2007, quando a Comusa anunciou um contrato de R$ 30,5 milhões para implantação de rede e tratamento de esgoto, com meta de ampliar o índice de tratamento dos dejetos em 51%. De lá para cá, o empreendimento já teve troca de projetos e, até 2019, acumulava um prejuízo de R$ 3 milhões aos cofres públicos.
No dia 23 de junho de 2022, durante palestra na ACI sobre o projeto do Porto Meridional de Arroio do Sal, o empresário paulista João Acácio Gomes de Oliveira, proprietário da DTA Engenharia Portuária e Ambiental, maior empresa deste ramo no Brasil, provocou silêncio profundo no auditório ao falar sobre o tratamento de esgoto de Novo Hamburgo. "Saber que só 8% de esgoto é tratado, isso dói no ouvido. Não tem cabimento navegar em rio poluído", criticou.
Na ocasião, a assessoria de imprensa da Comusa disse, em nota, que lamentou não ter tido a oportunidade de expor ao empresário o projeto da ETE Luiz Rau, que “está em obras e deve ser concluída até 2024”. Ocorre que na data da palestra, em 23 de junho, as máquinas já haviam sido retiradas do local e os trabalhos já estavam parados, conforme relato de vizinhos da área onde a estação deve ser construída.