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Obra da Estação de Tratamento de Esgoto Luiz Rau está paralisada há um mês

ETE será responsável por aumentar a capacidade do tratamento de esgoto em Novo Hamburgo de 7% para 50%

Por Débora Ertel
Publicado em: 05.07.2022 às 13:03 Última atualização: 05.07.2022 às 15:44

Com previsão de duração de quatro meses, a obra de terraplanagem da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Luiz Rau, iniciada no dia 2 de março, ainda não foi concluída em Novo Hamburgo. Além disso, há pelo menos um mês, os trabalhos estão paralisados: as máquinas deixaram a área localizada na Rua João Corrêa, no bairro Santo Afonso.

Dois vigilantes foram contratados para monitorar o espaço, de 139 mil metros quadrados, a fim de impedir invasões enquanto não há movimentação.

Obra de terraplanagem da ETE Luiz Rau, no bairro Santo Afonso, está paralisada
Obra de terraplanagem da ETE Luiz Rau, no bairro Santo Afonso, está paralisada Foto: Débora Ertel/GES-Especial
A empresa vencedora da licitação aberta pela Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo foi a Construtora Sintra Ltda, sediada em Porto Alegre. O investimento é de R$ 4.894.366,50, financiados pela Caixa Econômica Federal.

No dia 2 de fevereiro, o vice-prefeito de Novo Hamburgo, Márcio Lüders, chefe em exercício do Executivo à época, esteve no local para anunciar a emissão da ordem de serviço para a obra de terraplanagem. 

A ETE será responsável por aumentar a capacidade do tratamento de esgoto em Novo Hamburgo de 7% para 50%, tendo impacto importante também sobre a Bacia do Rio dos Sinos. A falta de tratamento dos dejetos domésticos é a principal causa de poluição do rio, responsável por abastecer 32 municípios. O prazo anunciado para que a ETE esteja operando é 2024.

Segundo a assessoria de imprensa da Comusa, devido ao período prolongado de chuva, foi necessário suspender temporariamente a obra por conta do acúmulo de água. Ainda conforme a assessoria, a autarquia pediu apoio à Secretaria de Obras da Prefeitura para drenagem do terreno. Não foi informada data para retomada dos trabalhos. A empresa Sintra, por sua vez, afirmou à reportagem que todas as informações referentes à terraplanagem da ETE Luiz Rau deveriam ser obtidas junto à autarquia.

Histórico

A construção dessa estação de tratamento vem sendo discutida desde dezembro de 2007, quando a Comusa anunciou um contrato de R$ 30,5 milhões para implantação de rede e tratamento de esgoto, com meta de ampliar o índice de tratamento dos dejetos em 51%. De lá para cá, o empreendimento já teve troca de projetos e, até 2019, acumulava um prejuízo de R$ 3 milhões aos cofres públicos.

No dia 23 de junho de 2022, durante palestra na ACI sobre o projeto do Porto Meridional de Arroio do Sal, o empresário paulista João Acácio Gomes de Oliveira, proprietário da DTA Engenharia Portuária e Ambiental, maior empresa deste ramo no Brasil, provocou silêncio profundo no auditório ao falar sobre o tratamento de esgoto de Novo Hamburgo. "Saber que só 8% de esgoto é tratado, isso dói no ouvido. Não tem cabimento navegar em rio poluído", criticou.

Na ocasião, a assessoria de imprensa da Comusa disse, em nota, que lamentou não ter tido a oportunidade de expor ao empresário o projeto da ETE Luiz Rau, que “está em obras e deve ser concluída até 2024”. Ocorre que na data da palestra, em 23 de junho, as máquinas já haviam sido retiradas do local e os trabalhos já estavam parados, conforme relato de vizinhos da área onde a estação deve ser construída.

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