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Notícias | Novo Hamburgo EDUCAÇÃO

Estudantes de Novo Hamburgo mostram seus projetos para um mundo melhor

Feira de ciências da IENH, que conta com 98 projetos com temas diversos, segue na amnhã desta sexta-feira

Por Jorge Grimaldi
Publicado em: 02.09.2022 às 05:00 Última atualização: 02.09.2022 às 14:21

Os alunos participantes da 46ª Feira de Ciências da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) estão bem empenhados em viver em um mundo melhor. Quem passou pelo evento, que começou na quinta-feira (1) e terminou nesta sexta (2), às 11h20, no ginásio da Fundação Evangélica, pôde encontrar projetos de diversos temas, como sustentabilidade, inclusão, preconceito, tecnologia, práticas esportivas.

Alunos participam da 46ª Feira de Ciências da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH)
Alunos participam da 46ª Feira de Ciências da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) Foto: Jorge Grimaldi/GES-Especial

Todo  material foi desenvolvido pelos alunos da IENH, das unidades Pindorama, Oswaldo Cruz e Fundação Evangélica, além de outras escolas da região: Colégio Luterano Sião, Colégio Sinodal, Escola Municipal Presidente Getúlio Vargas, Colégio Wolfram Metzler e Colégio Tiradentes. Ao todo são 98 projetos. A visitação é aberta.

Organização literária

Nicolas Balestrin, Arthur Lermen e Lucas Posada são alunos do 6º ano da escola Oswaldo Cruz
Nicolas Balestrin, Arthur Lermen e Lucas Posada são alunos do 6º ano da escola Oswaldo Cruz Foto: Jorge Grimaldi/GES-Especial
Outro projeto que chamou atenção foi o do 6º ano da Escola Oswaldo Cruz. Arthur Lermen e Lucas Posada, ambos de 11 anos, e Nicolas Balestrin, de 12, desenvolveram um site para organizar a biblioteca da escola. "Fizemos essa proposta para melhorar a nossa biblioteca que estava em reforma. Basicamente fizemos um aplicativo para pesquisar os livros, saber se está disponível e em qual prateleira. Mais para frente vamos colocar a opção de reserva também", diz Arthur.

De acordo com a professora Gabriele Zvir, "os estudantes têm programação desde o 1º ano, começando bem cedo na tecnologia."

Bom exemplo

Gustavo Bauerfeld, Isabela Dias e Emily Vitória apresentam projeto contra o preconceito
Gustavo Bauerfeld, Isabela Dias e Emily Vitória apresentam projeto contra o preconceito Foto: Jorge Grimaldi/GES-Especial
 Outra trabalho elogiado pelos professores foi o da Escola Getúlio Vargas. Os integrantes do grupo são Gustavo Bauerfeld e Isabela Dias, de 12 anos, e Emily Vitória, de 13.

O projeto surgiu depois que eles se perguntaram se existia algum tipo de preconceito dentro das salas de aula, qual seria a violência e como as pessoas reagem quando passam por essa situação. "Muitas pessoas têm vergonha de admitir que sofreram preconceito. Elas não se sentiam confortáveis para falar sobre o assunto. A gente não entende porque ainda praticam essas agressões, então criamos um grupo de apoio e conversamos para tentar solucionar as coisas", diz Isabela, aluna do 7º ano, que comemora o elogio recebido. "Ficamos felizes em receber esse reconhecimento. A gente ama o nosso projeto. Por isso queremos ouvir a versão de cada um para amenizar isso", completa.

Consciência ambiental

O tema sustentabilidade não ficou de fora. As jovens de 17 anos Maria Isadora Fagundes e Melissa Teng, do 2º ano da IENH sugerem uma alternativa ecológica para a reutilização do plástico polipropileno biorientado (BOPP), o famoso saco de salgadinho que é descartado de forma errada. A ideia é utilizá-lo no preenchimento de cobertores e sacos de dormir, já que ele ajuda a reter calor. Além de sustentável, esse é um projeto social, pois visa ajudar pessoas que vivem nas ruas e seus pets.

O desenvolvimento de fraldas e absorventes biodegradáveis também foi assunto com a dupla de 16 anos, Sofia Wolff e Vitor Ludwig, do 1º ano. "Conseguimos fazer um absorvente feito com resíduos de casca de arroz, casca de pinhão e casca de banana. Na nossa pesquisa, essa mistura conseguiu absorver 4 mililitros por grama", revela Sofia. Já Vitor lembra que "esse item gera uma poluição grande, além de levar 500 anos para decompor na natureza."

Reconhecimento

A coordenadora da feira, Fernanda Kohlrausch, lembra que alguns trabalhos saíram da feira e ganharam o mundo. "Já tivemos projetos expostos na Inglaterra, Dubai, conseguimos medalha de bronze e prata na Turquia. Ficamos em 3º lugar em uma feira na USP, em São Paulo. Também tivemos trabalhos em 1º lugar na Mostratec. Então temos um retorno muito bom sobre a ação que é feita aqui", frisa.

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