População pede por melhorias no trânsito da Avenida Maurício Cardoso

O início da manhã desta quinta-feira (6) foi marcado por mais um acidente de trânsito na Avenida Doutor Maurício Cardoso, entre os bairros Jardim Mauá e Centro. Essa é a segunda vez na semana que há registro de acidentes no mesmo local, o último havia ocorrido na segunda-feira (3), conforme relato de testemunhas.

 As colisões frequentes vêm gerando medo na população que reside e trabalha nas redondezas. Colega de trabalho de uma das pessoas envolvidas na ocorrência desta quinta, a corretora de imóveis, Giovana Tavares, relata que um veículo passou no sinal amarelo e bateu no carro da amiga, que passava pelo sinal verde do semáforo e foi arremessado para o outro lado da via com o impacto, ficando no sentido contrário da avenida. “A nossa preocupação maior hoje é que daqui a pouco caia em cima de uma calçada, pegue criança, idoso”, diz.

Proprietária de um estabelecimento de produtos naturais que fica em frente ao local onde os acidentes aconteceram, Graziela Fernandes, 27, conta que as colisões vêm ocorrendo há semanas. Gerente do mesmo comércio, Juliana Kassner, 25, relata que a situação pode, inclusive, atrapalhar as vendas da loja. “É 'buzinaço' e freadas bruscas todos os dias. Eles estão esperando alguém morrer tragicamente para mudar, porque é algo tão fácil. Se mudasse o método da sinaleira, colocasse em quatro tempos, já ajudaria”, afirma Juliana.

A dificuldade em transitar pela avenida também é queixa da aposentada Sirlei da Silva Alves, 65. Moradora do bairro Jardim Mauá, ela diz que perde muito tempo aguardando na calçada para atravessar a via. “Quando fecha um lado, abre o outro e os carros não param para a gente passar. Acho muito perigoso do jeito que está”, fala.

O que diz a Prefeitura

Ao ser questionada sobre os acidentes que ocorrem com frequência, a Diretoria de Trânsito da Prefeitura de Novo Hamburgo destacou que o local conta com semáforo e é bem sinalizado. Entretanto, “lembra também que são muitas conversões à esquerda e retorno, o que deixa o local vulnerável. Por isso, há cerca de 90 dias está fazendo estudos no cruzamento. Não há muita alternativa, senão proibir conversões à esquerda. Mas a medida pode causar transtornos de acessibilidade. No momento, a Diretoria está avaliando como fazer os chamados laços de quadra (contornos para viabilizar acessos à esquerda) e o quanto esta medida irá impactar nas vias do entorno”.

Até a publicação desta reportagem, a BM não havia informado se teria feridos na colisão na manhã do dia 6.