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Notícias | Novo Hamburgo CULTURA

Oficina em lar de idosos de Novo Hamburgo fala sobre ancestralidade e cultura negra

Atividade no Lar São Vicente de Paula faz parte da Semana dos Direitos Humanos e da Consciência Negra

Por Júlia Taube
Publicado em: 22.11.2022 às 05:00 Última atualização: 22.11.2022 às 09:56

Entre turbantes, tiaras, colares e saias confeccionadas com amarrações de tecidos, estavam os sorrisos alegres e os olhos atentos de quem, mesmo já tendo visto muito da vida, se dispôs a aprender algo novo. Assim foi a oficina 'Ancestralidade e beleza da cultura negra', ministrada pela educadora física e pedagoga Rosângela de Castro, com os idosos do no Lar São Vicente de Paula, de Novo Hamburgo. A atividade ocorreu na tarde de segunda-feira (21) e é uma das propostas promovidas pela Universidade Feevale para marcar a Semana dos Direitos Humanos e da Consciência Negra.

oficina ‘Ancestralidade e beleza da cultura negra’ no Lar São Vicente de Paula
oficina ‘Ancestralidade e beleza da cultura negra’ no Lar São Vicente de Paula Foto: Júlia Taube/Especial

A iniciativa tem objetivo sensibilizar a comunidade a respeito da importância dos Direitos Humanos – que tem como data o dia 10 de dezembro –, e demarcar a importância do Dia Nacional da Consciência Negra – ocorrido no dia 20 de novembro – para a luta antirracista.

Para isso, Rosangela levou para dentro do lar a oficina prática de acessórios e vestimentas com tecidos, enfatizando técnicas e elementos da cultura dos povos africanos. "A nossa ideia é a gente poder se enfeitar um pouco com as cores e essa beleza toda que tem na questão afro", conta a educadora física e pedagoga.

Ao som de samba de roda, os idosos criaram amarrações com tecidos, enquanto Rosangela explicava que "amarração é uma herança da ancestralidade afro". Para exibir e exaltar a beleza das peças, um desfile foi realizado com cada um dos participantes vestindo suas criações e esbanjando felicidade com o que haviam aprendido.

Com uma tiara na cabeça, Flávia Maria Bento, 74, conta que gostou muito da experiência. "É uma alegria. A gente precisa da música e mexer nos tecidos, isso tem vida", diz ela. Para Maria Lori, 78, a atividade trouxe uma nova experiência que para ela foi "muito bom. Eu nunca tinha feito os turbantes e gostei de aprender".

Voluntária no lar, Rosângela também integra os coletivos Professoras Pretas, Kindezi e o Projeto Oorun. Para ela, poder repassar o conhecimento sobre a sua vivência é uma emoção em dobro. "Eu venho aqui para fazer atividade física e eu sempre aprendo, mas toda vez que eu posso trazer um pouquinho da minha cultura e esse encontro da minha ancestralidade com a ancestralidade de cada um, é uma emoção muito especial".


Ela complementa e afirma que segunda-feira foi um dia festivo e de "de celebrar esse movimento da cultura negra, que é tão rico, tão importante que em diversos momentos não tem o espaço e o devido lugar que merecia e que precisa".

Atividades seguem na Feevale

As ações vão até o próximo dia 25, no Campus II da Feevale (ERS-239, 2755):

Quinta-feira (24)

  • 18h30: Sociedade Cruzeiro do Sul: 100 anos, com Magna Lima Magalhães, professora da Feevale, e integrantes da Escola de Samba Cruzeiro do Sul. Local: Rua Coberta

Sexta-feira (25)

  • 14 horas: Direitos e acesso aos medicamentos, com Bárbara Spaniol, professora da Feevale. Local: Espaço Cosmos, no terceiro andar do prédio Vermelho.
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