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Bebês que não nasceram no Hospital Municipal também podem fazer o teste da linguinha gratuitamente

Exame em recém-nascidos é capaz de indicar limitações dos movimentos da língua que afetam a amamentação e é obrigatório desde 2014

Publicado em: 14.03.2023 às 13:06 Última atualização: 14.03.2023 às 13:57

O teste da linguinha, um dos exames necessários logo nos primeiros dias de vida do bebê, é oferecido pelo Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) a todos os recém-nascidos moradores da cidade. 

O serviço é realizado gratuitamente também para bebês do Município que não nasceram na instituição de saúde hamburguense e que ainda não tenham realizado a avaliação. A verificação é rápida, indolor e essencial para o desenvolvimento dos pequenos.

A casa de saúde atende diariamente, mas é  é preciso agendar horário para o teste. Pais de bebês interessados no atendimento podem ligar para o número 3272-3272, pedir o ramal 262, e marcar a consulta.

Entre os testes mais conhecidos que ajudam a identificar alterações na saúde da criança, estão também o do pezinho, dos olhinhos e da orelhinha.

Logo nos primeiros dias de vida, João Miguel realizou o teste da linguinha
Logo nos primeiros dias de vida, João Miguel realizou o teste da linguinha Foto: Tatiane Brandão/Fundação de Saúde Pública

Entenda o teste da linguinha

Também conhecido como avaliação do frênulo lingual do recém-nascido, a realização do teste de linguinha é obrigatória em todos os hospitais e maternidades do Brasil desde 2014, estabelecida pela Lei no 13.002. Em Novo Hamburgo, na Fundação de Saúde Pública, todos os bebês que nascem no Hospital Municipal da cidade passam pelo exame logo nos primeiros dias após o nascimento e, de acordo com a entidade, só em 2022, 1.893 testes foram realizados.

A análise ocorre pelo tato e é feita pela fonoaudióloga Aline Stanislawski Silva. Conforme a profissional, o teste é capaz de indicar limitações dos movimentos da língua que afetam no momento da amamentação. “É possível identificar se o frênulo da língua limita os movimentos que são importantes na sucção, na deglutição, na mastigação e na fala”, explica.


Além disso, o exame também auxilia a identificar de forma precoce a anquiloglossia, conhecida popularmente como língua presa. Segundo um documento científico divulgado em julho de 2022 pela Sociedade Brasileira Triagem Neonatal Erros Inatos de Metabolismo (SBTEIM), a condição é definida como uma anomalia oral congênita e “caracteriza-se por um frênulo lingual, 'freio da língua', anormalmente curto, que pode restringir os movimentos da língua”.

De acordo com a pesquisa, a incidência de língua presa entre os bebês varia entre 0,88% e 12,8%.

Exame deve ser feito até 3 dias após o nascimento

A avaliação o mais precoce possível pode ser fundamental para o bebê. O ideal é que seja realizada logo nas 72 horas de vida do recém-nascido, podendo o prazo indicado ser estendido até 30 dias, relata Aline.

Conforme ela, "pode ser essencial para o sucesso no aleitamento materno, já que a limitação do movimento da língua pode dificultar a pega e o padrão de sucção, inclusive ferindo os mamilos da mãe e interferindo no ganho de peso do bebê, respiração e sono”.


Para garantir a saúde do pequeno João Gabriel, Sabrina Machado levou o filho para fazer o exame e relata que essa é mais uma forma de ter mais segurança para quem está saindo da maternidade. “É muito importante que todos façam esses testes. A garantia de uma boa saúde é o que mais importa”, diz ela, que daqui a 15 dias retornará para uma nova avaliação da amamentação do João Gabriel.

Mesmo que o tempo ideal para fazer o teste seja logo após o nascimento, a fonoaudióloga diz que crianças que nunca tenham passado pela averiguação, podem consultar também. “Nada impede que os pais levem em qualquer idade para fazer exames e avaliações”, afirma.

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