Olimpíada e Paralimpíada mobilizam mais de 2 mil alunos de Novo Hamburgo

O barulho da torcida unido ao apito do árbitro indica que a bola já está rolando nos jogos de futsal da Olimpíada e Paralimpíada Escolar de Novo Hamburgo. Com cerca de 1,3 mil alunos e 131 equipes inscritas para a modalidade, as partidas vêm reunindo meninas e meninos de escolas públicas, privadas e EJA desde a segunda-feira (8) nos ginásios Municipais Alberto Mosmann, Agostinho Emilio Cavasotto e na Associação Beneficente Antonio Mendes Filho. Os jogos seguem até 3 de junho, quando ocorrem as finais, das 8 às 14 horas.

Até o momento, contando todas as modalidades já disputadas, mais de 2 mil estudantes já participaram do evento esportivo.

Ao todo serão 275 jogos de futsal, divididos entre feminino e masculino e nas categorias sub-11, 13, 15 e 17. Conforme o coordenador da Olimpíada Escolar, Marcos Gueths, as partidas foram separadas entre os três ginásios e os vencedores de cada categoria irão disputar a final no Ginásio Cavasotto.

A Olimpíada Escolar iniciou em março deste ano e, desde então, cerca de 940 estudantes já disputaram competições de Natação, Futevôlei, Beach Tennis, Atletismo e as eliminatórias do Futebol de Campo. Somando ao futsal, o coordenador da competição acredita que, até o momento, em torno de 2.250 crianças tenham passado pela Olimpíada. Além das premiações por categorias, há também a pontuação geral por escolas.

A iniciativa é organizada pela Secretaria Municipal Esporte e Lazer de Novo Hamburgo (Smel) e pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). Gueths atribui a grande adesão à boa participação que as escolas estão tendo na competição. “Está bem participativo, acredito que até por termos bastante jogos. São, no mínimo, de três a quatro partidas por escola. A ideia da Olimpíada é a participação”, relata.

Integração é o principal objetivo

Com mais de 20 estudantes participando, o professor de Educação Física da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Francisco Xavier Kunst, Lucas Pontes, revela que para ele o mais importante da competição é a integração dos alunos com outras escolas. “Amplia a vivência e a experiência deles com outros lugares e a aprendizagem que eles têm”, explica.

Pela primeira vez participando da Olimpíada Escolar, o estudante do 7º ano da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), Murilo Fortunato Keller, 12, disse que essa é uma experiência diferente. “Eu estou achando muito legal. Eu já conhecia algumas pessoas de outras escolas, mas achei legal conhecer pessoas novas de escolas diferentes”, conta o garoto.

Essa aproximação vista com bons olhos por estudantes e professores é enaltecida pelo secretário de Esporte e Lazer, Daniel Becker. Ele relata que havia uma preocupação sobre a adesão aos jogos após a parada de dois anos por conta da pandemia.

“Conseguimos aproveitar aquele momento para fazer um novo planejamento sobre a Olimpíada Escolar e eu acho que a gente está começando a colher os frutos agora. A prova é o futsal”, diz ele.

Olimpíada o ano todo

O futebol de campo terá a sua final no próximo sábado (20) e domingo (21). Ainda neste mês, as próximas competições serão de handebol, que começa em 23 de maio, e xadrez, em 30 de maio. Gueths projeta que para o handebol cerca de 600 a 700 alunos devam participar.

Além disso, neste ano também haverá jogos de vôlei, tênis de mesa, atletismo paralímpico, judô (olimpíada e paralimpíada), badminton, tênis, bicicross, punhobol, rugby-tag, natação (paralimpíada) e basquete.

A intenção das Smel e da Smed é fomentar o esporte. Para isso, o coordenador da Olimpíada Escolar adianta que pretende a cada ano aumentar o número de modalidades. “Esse ano o futevôlei foi novidade. Beach tennis teve início em 2022 e já estamos pensando em outras modalidades no ano que vem”, prospecta.

Iniciativa aprovada

Assistindo a partida de futsal do filho no Ginásio Municipal Alberto Mosmann, a dentista Melissa Dupont, 44, se disse surpresa com a competição. “Eu nunca tinha vindo e achei o nível dos jogos muito alto. Eu achei legal para a autoestima deles, por interagirem com crianças diferentes e de outras escolas”, analisou.

Aluno do 9º ano da Emef Francisco Xavier Kunst, Thalisson Cândido da Silva, 14, além de integrar a equipe sub-15 de futsal, já se consagrou terceiro colocado na prova de 250 metros e fez parte do quarteto que alcançou também o terceiro lugar na prova de revezamento 4x75 metros do atletismo. “A Olimpíada é um incentivo muito bom para nós agora e para nos dar no futuro uma oportunidade diferente”, afirma.

Benefícios para a vida

A Olimpíada Escolar é também uma janela de oportunidades para os participantes, como define Gueths. Ele revela que assistindo aos jogos das diferentes modalidades é comum estarem caça-talentos de clubes e instituições da região em busca de crianças e adolescentes com potencial. “O esporte te abre os horizontes para outras possibilidades”, descreve.

Para além disso, a competição é um auxílio na construção pessoal de cada um dos estudantes. Os educadores destacam os valores que se aprende participando de disputas sadias. “A importância dos jogos é principalmente aprender a perder. Eu acho importante eles saberem disso para a vida”, analisou o professor de Educação Física da Emef Martha Wartenberg, Ricardo Cruz Vieira.

Para a secretária da Smed, Maristela Guasseli, o esporte é fundamental na formação educacional dos estudantes. "Não há dúvida sobre a importância da promoção do esporte para o desenvolvimento, para competição, para cumprimento de regras, para o respeito e a coletividade. Tudo isso fortalece o ensino”, destaca.