Colegas prestam homenagem a socorrista que morreu após acidente na BR-116: "Salvou muitas vidas"
Juliano Torma, de 38 anos, veio a óbito dois dias após se acidentar de moto em Novo Hamburgo. Sirenaço foi realizado na Prala do Imigrante; veja vídeo
Reunidos na Praça do Imigrante, no Centro de Novo Hamburgo, socorristas, policiais militares, bombeiros e guardas municipais fizeram uma homenagem ao colega Juliano Torma, 38 anos, que morreu na manhã desta quinta-feira (3).
Técnico em enfermagem e motorista de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele sofreu um acidente de moto na BR-116, no bairro Rincão, na última terça-feira (1). Torma estava fora do horário de serviço. O socorrista chegou a ser encaminhado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, mas não resistiu.
Durante a tarde, profissionais que atuam com resgate fizeram um sirenaço em homenagem ao colega, que também trabalhava na companhia de resgate Viva. Natural de Santa Catarina (SC), Torma vivia em São Leopoldo há mais de 10 anos, e foi o primeiro funcionário desta empresa, onde atuava como motorista e socorrista.
"Não tem onde ele ficar": Idosa que perdeu tudo na enchente espera transferência do filho acamado há mais de 40 dias
Concluída obra na rede de água do bairro Santo Afonso; saiba quando abastecimento será normalizado
Ciclone: Saiba como Novo Hamburgo fará o pagamento do auxílio para famílias que tiveram casas alagadas
Apaixonado por motos e solidário
No acidente que tirou sua vida, Torma conduzia uma moto modelo Comoto Honda. A vida sobre duas rodas era mais do que uma necessidade de deslocamento. "A moto praticamente fazia parte do corpo dele, colete ele só tirava na hora de trabalhar e de dormir", resume o amigo Claudio Schuster, 31 anos.
Foi justamente a paixão por motos que aproximou Schuster e Torma, já que o primeiro ingressou há 9 anos no clube de motociclistas Legião Livre, fundado pelo próprio Torma. Era através desse clube que o socorrista realizava ações sociais. "Era um cara que ajudava todo mundo, me ligava do nada para socorrer um cachorrinho na BR, não tinha tempo ruim para ajudar o próximo", lembra Schuster.
Ex-patrão de Torma, Ploharski lembra de outras atividades sociais com as quais o funcionário se envolvia. "Era um ser humano fantástico, com o grupo de motoqueiros que fazia atividades sociais, ele era engajado nessas causas", relata.
Colega de Torma há 9 anos, a coordenadora operacional da empresa Viva, Natália Dieter, lembra dele como um homem que levava a todos os ambientes o desejo de ajudar. "Temos agora que fazer jus ao que ele sempre prezou muito que era cuidar do próximo."
Manter o legado
Manter viva a memória e as ações do amigo no clube de motociclistas é para Schuster o grande objetivo a partir de agora. "O grande sonho dele era ver esse clube crescer. Vamos tentar tocar porque lá de cima é o que ele quer."
A família ainda não confirmou onde será o velório e o enterro de Torma. Amigos acreditam que ele deve ser enterrado em sua cidade natal, em SC.