Buracos se proliferam em ciclovia de Novo Hamburgo e causam insegurança: "Estamos correndo risco todo dia"
Situação é observada em vários pontos e causa apreensão em ciclistas e pedestres
Quem utiliza a ciclovia Victor Nicolau Körbes, que liga a área central de Novo Hamburgo até o bairro Santo Afonso junto ao trajeto do trem pela Avenida Nações Unidas, precisa ter cuidado. Ao menos oito buracos estão espalhados pelo trecho de pouco mais de dois quilômetros.
"É perigoso", admite o aposentado Sílvio Luiz Moreira, 76 anos. Morador do bairro Ideal, ele utiliza a ciclovia para se exercitar diariamente e há mais de um mês percebe os buracos em alguns pontos do trajeto. Alguns estão sinalizados com cavaletes da prefeitura.
"Estamos correndo risco todo dia, toda hora. Tem que desviar de outros ciclistas e há muitas pessoas idosas que passam por aqui. A prefeitura teria que dar um jeito para que todos possam ser felizes e andar descansado", engrossa a reclamação o industriário Lídio Rosa Filho, 67.
Morador do bairro Liberdade, Lídio alerta que os buracos se proliferam pela ciclovia, o que foi confirmado pela reportagem. "Além da área central, vejo outros mais perto da minha casa. Isso aqui é uma coisa boa, mas teria que consertar, porque cada vez mais vai esburacar. É um perigo. De noite pode dar acidente, há idosos, muita gente que não vê", declara.
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Conserto emergencial está previsto
A Secretaria de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu) de Novo Hamburgo notificou a Trensurb, responsável pela ciclovia, para a realização de obras para solução dos problemas.
A Trensurb informa que está providenciando um conserto emergencial para garantir a segurança nesses locais, por meio de contrato de manutenção já existente. A previsão é que os trabalhos comecem neste mês e levem cerca de 15 dias. Simultaneamente aos consertos emergenciais, a empresa está estudando uma solução definitiva para o local.
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Testamos a ciclovia
Durante o dia, é mais fácil enxergar os buracos, ainda que alguns não tenham nenhum tipo de sinalização. Já à noite, a visualização é mais difícil. "É muito fácil cair no buraco", sublinha Mendes.
O ciclone extratropical, registrado em junho deste ano, foi o "estopim" para o aparecimentos dos buracos. "O valão teve água para fora e, possivelmente, tenha lavado por baixo da ciclovia e provocado a erosão", acredita o ciclista.
Mendes observa outros aspectos que necessitam de manutenção. Ele cita o desnível em alguns trechos, galhos de árvores "invadindo" o percurso e falta de grades de proteção do valão. "Todo o trajeto tem situações que colocam em risco o ciclista", acrescenta.
Assunto não é novo
O surgimento de buracos na ciclovia não é novidade. Em janeiro de 2015, o problema já era noticiado pelo Grupo Sinos.
Em maio de 2017, uma mulher chegou a ser ferir ao cair em um buraco no local. Em julho daquele ano, prefeitura, técnicos da Trensurb e do consórcio que executou as obras chegaram a se reunir para tratar de melhorias no trecho.
