CPI: Oposição consegue assinatura decisiva para abrir investigação sobre a Casa de Bombas de Novo Hamburgo

Após uma primeira tentativa frustrada em junho, a oposição ao governo Fatima Daudt (MDB) conseguiu colher as assinaturas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação da Casa de Bombas do bairro Santo Afonso.

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O requerimento, que foi protocolado nesta terça-feira (5), deve ser lido na sessão de quarta-feira (6), quando também começam a ser definidos os membros da CPI.

Foco de atenção desde a passagem do ciclone extratropical de junho deste ano, a Casa de Bombas do bairro Santo Afonso voltou aos holofotes nesta segunda-feira (4).

Com as fortes chuvas que atingiram a cidade, os opositores voltaram a pedir a investigação no âmbito parlamentar.

Assinatura decisiva

Durante o mês de junho, a oposição fez um primeiro movimento em busca da criação de uma CPI, porém não conseguiram coletar todas as assinaturas necessárias. Mas uma mudança de posicionamento de Felipe Kuhn Braun (Progressistas) nesta semana foi decisiva para que o requerimento fosse aprovado.

“Como aconteceu tudo novamente, o vereador entendeu que deveria ser fiscalizado”, explica Finck, colega de partido de Braun. Além dos dois vereadores do Progressistas, também assinaram o pedido de abertura da CPI Enio Brizola (PT); Lurdes Valim (Republicanos) e Cristiano Coller (PTB).

Segundo o regimento interno da Casa, é preciso que um terço dos vereadores assinem o requerimento de criação de uma CPI. Dessa forma, não é necessário que o plenário aprove a criação.

O regimento interno da Câmara prevê que, após nomeados os membros da Comissão, essa deverá ser instalada em no máximo sete dias. A mesma tem um prazo de 120 dias de funcionamento, que podem ser prorrogados por mais 120.

Situação considera CPI desnecessária

Líder do governo na casa, o vereador Ricardo Ricardo Ritter (PSDB), o Ica, garante que a situação irá “seguir o Regimento da casa, mas não vejo necessidade de criação de CPI.”

Na avaliação do vereador, o alto volume de chuvas tem atingido diversas cidades, inclusive Novo Hamburgo. “O volume de chuvas muito alto em pouco tempo não é motivo para fazer CPI”, avalia.

Procurado reportagem, o governo municipal afirmou que só se manifestará após a oficialização da CPI. Já o presidente da Câmara, Fernando Lourenço (PDT), o Fernandinho, diz que vai aguardar até a sessão de quarta, pois algum dos vereadores ainda pode retirar seu nome do requerimento. Caso isso não aconteça, a presidência confirma que a CPI deve ser instalada imeditamente, sem a necessidade de aprovação do plenário.

Problema antigo, a situação da Casa de Bombas do bairro Santo Afonso ganhou especial destaque em junho, durante a passagem do ciclone extratropical na cidade.