Na sala lá de casa tenho uma cadeirinha velha de carro que hoje serve como poltrona. Teve que ser aposentada depois de transportar duas crianças e o dispositivo do cinto de segurança não funcionar mais. Não sei quando vou tirá-la de lá. Isso porque tenho um certo apreço pela velha cadeirinha. Quando meu filho mais velho tinha 1 ano e oito meses, no dia 17 de agosto de 2007, bateram na lateral do nosso carro. Justamente do lado onde o bebê estava sentado.
Com o impacto da batida, que não foi em alta velocidade, a cadeirinha acabou se deslocando, como se tivesse virado uma meia curva. Meu filho chorou muito, mas foi por causa do susto. A cadeirinha ficou intacta e ele não sofreu nada. Ao contrário dos outros ocupantes, que ficaram com hematomas e arranhões.
A gente estava entrando na garagem e nos acertaram. Não foi no meio da rodovia. Não que nós precisássemos de uma lição real para sempre usar o cinto de segurança (isso é um hábito, é como escovar os dentes), mas aquele acidente bobo, numa tarde de domingo, até hoje soa como alerta quando surge a tentação de achar que não precisa.