O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso na manhã desta quinta-feira (29) em mais uma etapa da operação Lava Jato. A ordem para prender o chefe do executivo fluminense foi dada pelo Superior Tribunal de Justiça. Os agentes da Polícia Federal cumpriram o mandado no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado. Pezão deixou o local às 7h30.
A operação desta quinta-feira é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sergio Cabral. Segundo Miranda, Pezão recebia uma mesada de R$ 150 mil na época em que ele era vice do então governador Sérgio Cabral, que já está preso, 13º salário e dois bônus de R$ 1 milhão.
O dinheiro teria saído de empreiteiras e de empresas fornecedoras do governo. Além de Pezão, outras oito pessoas tiveram prisão preventiva decretada e 30 mandados de prisão estão sendo cumpridos. Entre elas, José Iran Peixoto Junior, secretário de Obras. Pezão foi secretário de Obras no governo de Sérgio Cabral.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Pezão recebeu cerca de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. Em valores atualizados, seriam R$ 39 milhões. "Valor absolutamente incompatível com o patrimônio do emedebista declarado à Receita Federal", disse o MPF.
A operação é chamada de Boca de Lobo.