Foi divulgada nesta quarta-feira (9) uma mudança feita pela equipe de governo de Jair Bolsonaro no edital para os livros didáticos que serão entregues a alunos em 2020. De acordo com informações da colunista Renata Cafardo, do jornal O Estado de S. Paulo, o item que impedia publicidade e erros de revisão e impressão também ficou de fora do edital. Além disso, não será mais necessário que os materiais tenham referências bibliográficas.
Também foi retirada a exigência de que as ilustrações retratem “adequadamente a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país”, portando as figuras presentes nos livros didáticos não precisariam mostrar negros, brancos e índios.
O Ministério da Educação (MEC) é responsável pela compra dos livros didáticos para todas as escolas públicas do Brasil. De acordo com a coluna, são comprados cerca de 150 milhões de livros por ano, com custo de R$ 1 bilhão e as alterações foram feitas no programa em que os livros serão comprados para o ensino fundamental 2, etapa escolar que vai do 6º ao 9º ano. Porém, os livros já foram enviados ao MEC em novembro do ano passado para avaliação. Com isso, as editoras temem que seus livros sejam reprovados.