Ao menos oito funcionários da Vale foram presos durante uma operação na manhã desta sexta-feira(15). As prisões ocorreram nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro durante ação deflagrada pelo Ministério Público mineiro, com apoio das polícias Civil e Militar. O MP cumpriu ainda outros 14 mandados de busca e apreensão.
A operação é para apurar responsabilidade sobre rompimento de barragem em Brumadinho. Entre os pesos estão quatro gerentes e quatro técnicos diretamente envolvidos na segurança e estabilidade do empreendimento. Todos ficarão detidos por 30 dias e serão ouvidos pelo Ministério Público em Belo Horizonte. Além dos crimes de homicídio qualificado, eles poderão responder por crimes ambientais e falsidade ideológica.
Os presos são Joaquim Pedro de Toledo, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Cristina Heloíza da Silva Malheiros, Artur Bastos Ribeiro, Alexandre de Paula Campanha, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Hélio Márcio Lopes da Cerqueira e Felipe Figueiredo Rocha.
Há duas semanas, o MP de Minas, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal conduziram outra ação em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho, que resultou na prisão temporária de três funcionários da Vale responsáveis pelo empreendimento e dois engenheiros terceirizados que atestaram a segurança da barragem. Eles já foram liberados.
O rompimento da barragem em Brumadinho aconteceu no último dia 25 de janeiro e deixou ao menos 166 pessoas mortas. O número pode subir, pois ainda há desaparecidos.
Em nota, a Vale informou que continua colaborando com as autoridades responsáveis pelas investigações. “A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas.”