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Notícias | País Polêmica

Bolsonaro autoriza celebração do golpe militar de 1964 em quarteis

A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros

Por Agência Brasil
Publicado em: 25.03.2019 às 20:38 Última atualização: 25.03.2019 às 20:41

Foto por: Marcos Corrêa/PR
Descrição da foto: Presidente da República, Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro aprovou a mensagem que será lida em quarteis e guarnições militares no próximo dia 31 de março, em alusão à mesma data no ano 1964, dia do início do golpe militar, com a derrubada do então presidente João Goulart e a instalação de um regime controlado pelas Forças Armadas, que perdurou por 21 anos (1964-1985) no País. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. Rêgo Barros disse que o presidente da República refuta o termo "golpe" para classificar a mudança de regime em 1964.

"O presidente não considera o 31 de março de 1964 [como] golpe militar. Ele considera que a sociedade reunida, e percebendo o perigo que o País estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e militares. Nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso País num rumo que, salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", afirmou.

O porta-voz informou que Bolsonaro já havia determinado ao Ministério da Defesa que fizesse as "comemorações devidas com relação ao 31 de março de 1964". Rêgo Barros disse que uma ordem do dia (mensagem oficial) já foi preparada e recebeu o aval do presidente, mas não deu detalhes sobre o conteúdo.

Caberá aos comandantes das guarnições a definição do formato dessa celebração nas unidades militares. Não há previsão de nenhuma celebração específica no Palácio do Planalto, mas a data deverá ser observada nas unidades militares do Distrito Federal, afirmou o porta-voz. Na mesma data,  Bolsonaro estará fora do País, em viagem oficial a Israel. Ele embarca no dia 30 de março e retorna ao Brasil no dia 2 de abril.

A celebração da instituição do regime militar instalado em 1964, classificada pelos militares como "Revolução de 1964", não chega a ser uma novidade nos quarteis. A prática, no entanto, chegou a ser formalmente vetada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2012, mas continuou a ocorrer, ainda que informalmente. 

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