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Notícias | País Brasília

Ministro manda bloquear redes sociais de investigados em caso de supostas fake news

Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 16.04.2019 às 11:50

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares mandou bloquear as redes sociais dos investigados no inquérito de supostas fake news contra ministros da Corte. Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou uma operação a mando do ministro. Na decisão, Moares afirmou que documentos e informações coletados pela investigação apontam "sérios indícios da prática de crimes". Segundo o ministro, as postagens em redes sociais contêm "graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem".

A Polícia Federal (PF) apreendeu um computador do general da reserva Paulo Chagas, alvo de mandado de busca. Também são alvo da operação, o membro da Polícia Civil de Goiás Omar Rocha Fagundes, Isabella Sanches de Sousa Trevisani, Carlos Antonio dos Santos, Erminio Aparecido Nadini, Gustavo de Carvalho e Silva e Sergio Barbosa de Barros.

Alexandre de Moraes autorizou que os policiais apreendessem "computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como quaisquer outros materiais relacionados à disseminação de mensagens ofensivas e ameaçadoras". "Autorizo desde logo o acesso, pela autoridade policial, aos documentos e dados armazenados em arquivos eletrônicos apreendidos nos locais de busca, contidos em quaisquer dispositivos", ordenou o ministro. "Após a realização das diligências, todos os envolvidos deverão prestar depoimentos."

Segundo Alexandre de Moraes, as mensagens escritas por Paulo Chagas são "propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social com grande repercussão entre seguidores". O ministro destacou que "em pelo menos uma ocasião, o investigado defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para julgamento dos ministros do STF ou mesmo para substitui-los".

Defesas

O general Paulo Chagas afirmou ter certeza que os mandados de busca têm relação com o que ele escreve. "Escrevo sobre o STF há muito tempo. Evito falar mal da Corte, Mas não de atos de pessoas da Corte. Estou em Campinas. Minha reação é de achar graça", disse. "Não tenho nada para esconder. Tudo o que faço e falo coloco no meu blog." A reportagem tanta falar com todos os outros citados. O espaço está aberto para as manifestações.

Inquérito

Em março, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, mandou abrir um inquérito contra "notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão".

Na ocasião, o ministro citou um artigo do regimento interno do STF, segundo o qual, "ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição".

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