A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta aos pacientes que usam os medicamentos para hipertensão recolhidos pela Agência que não interrompam o tratamento até que se faça a troca por outro remédio. Isso porque a interrupção pode causar prejuízos imediatos, como risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal. A troca da medicação deve ser feita após orientação de um médico ou de um farmacêutico.
Nesta semana, a Anvisa anunciou o recolhimento de cerca de 200 lotes de medicamentos para o tratamento de hipertensão. Os remédios recolhidos possuem princípios ativos do tipo "sartanas", como a losartana, valsartana e irbesartana.
A medida foi adotada após a Anvisa detectar impurezas, chamadas de nitrosaminas, no princípio ativo. Além do recolhimento, também haverá suspensão de fabricação, importação, distribuição, comercialização e uso dos insumos sob suspeita de contaminação. No total, foram feitas 14 suspensões de dez fabricantes internacionais. Também foi determinada a fiscalização de todas as fabricantes de medicamentos contendo "sartanas" disponíveis no mercado brasileiro.
Lista dos números de lotes dos medicamentos para hipertensão que devem ser recolhidos
De acordo com a Anvisa, existem diversas alternativas medicamentosas para terapias de pressão alta e, por isso, não há risco de desabastecimento ou falta de medicamentos. Ou seja, há no mercado brasileiro medicamentos da mesma classe terapêutica e com os mesmos princípios ativos e concentração.
A troca do medicamento deve ser feita mediante orientação de um médico ou de um farmacêutico. O cidadão também pode entrar em contato com a empresa, por meio do serviço de atendimento ao consumidor, e solicitar a troca do seu medicamento que consta na lista de lote recolhido.